Reportagem de Cleodon Coelho, do jornal carioca Extra, deu detalhes sobre o livro de Jô – Uma autobiografia desautorizada – Volume 1, escrito com Matinas Suzuki Jr. O livro acaba de ser lançado.
“Ele, que no dia 16 de janeiro completa 80 anos, relembra fatos curiosos de sua infância, passada entre o Copacabana Palace e o Jockey Club, no Rio de Janeiro, e se emociona ao lembrar do filho, Rafael, morto em 2014, aos 51 anos”, afirma a matéria do jornal carioca.
Entre as histórias relatadas está a de que aos 13, Jô encontrou Orson Welles. Pediu seu autógrafo, o diretor alcoolizado deu o passaporte ao menino. Seu pai, no entanto, fez com que ele devolvesse.
“Sempre discreto em relação ao filho Rafael, ele conta no livro todo o drama que viveu. Filho de seu primeiro casamento com a atriz Theresa Austregésilo, em 1959, Rafinha nasceu em 1963. O apresentador revela que viveu 40 segundos de alegria, até ouvir o médico dizer: “Ele nasceu com hipospádia, um problema genético”. Tempos depois, os pais descobriram que ele também era autista. Jô viveu essa dor em silêncio. A mãe largou a carreira de atriz para cuidar do filho, que morreu em 2014, aos 51 anos, depois de uma batalha contra o câncer”, afirma trecho da reportagem.
Ele também relatou uma passagem em que o ícone da literatura e TV brasileira se deparou com o taxista que matou sua mãe. “Outra passagem emocionante do livro se passa em 1977, quando – ao descer de um táxi – Jô ouviu uma frase surpreendente do motorista, que se recusou a receber o pagamento: “Fui eu que matei a sua mãe”. Dona Mercedes havia morrido atropelada em 1968, aos 70 anos. Abismado com a surpresa que o destino preparou, Jô falou: “Você não matou a minha mãe, foi um acidente”. O taxista continuou: “Faz anos que não consigo dormir. Só vou conseguir se o senhor me perdoar. Seu Jô, acho que foi Deus quem arrumou este nosso encontro”. “Você está perdoado”, disse o apresentador”, completa.