O Baile da Cidade do Rio de Janeiro abriu nessa quinta-feira (27/02), na Hípica, a programação oficial do Carnaval. Ricardo Amaral, nome que se confunde com a história dos grandes eventos culturais e carnavalescos cariocas, estava em clima de comemoração já na primeira das quatro noites de bailes. “Para mim, organizar grandes eventos faz parte da minha rotina, está no sangue. Está certo que hoje temos mais detalhes que não existiam antigamente, mas tudo acaba acontecendo naturalmente”, disse, lembrando que na organização dos Bailes da Cidade estão quatro pessoas – ele, os filhos Bernardo e Rick e Luiz Calainho. “Bernardo, meu mais novo, cuida da produção; Rick, o mais velho, dos promoters e do agito, Calainho fica com a parte comercial. Eu venho só para tomar meu uísque”, brinca, enquanto pede mais gelo ao garçom.

Apesar de ter o nome muito atrelado à Feijoada do Amaral, o evento mais tradicional nos sábados de Carnaval – ele brinca que a marca virou genérico, tanto que ele próprio já foi convidado para uma feijoada do Amaral no Pará – ele já desfilou em mais de 15 escolas de samba diferentes. Isso sem contar os já sem-número de eventos em décadas de dedicação à noite carioca. “Já saí de marajá em cima de um elefante, já desfilei ao lado de mulheres semi-nuas e já organizei muitos bailes e a feijoada virou uma tradição”, enumera.

Amaral vai desfilar na Beija-Flor, prestigiando o amigo Boni, enredo da escola de Nilópolis. “Primeiro eu ia sair na ala do Senhor dos Anéis, depois na de chefs. Parece que agora vou desfilar na ala de amigos do Boni, que acabou se misturando à de artistas. Acho que Boni vai fazer uma revolução com esse desfile, por causa da tecnologia e também do amor que ele está dedicando ao trabalho”, conta Amaral.


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Ícone da noite brasileira e do Carnaval carioca, Ricardo Amaral diz que organizar grandes eventos está no sangue