A cintura marcada é tendência forte nas coleções de Inverno 2006 que estão sendo apresentadas pelos novos criadores da Moda Brasileira, no Amni Hot Spot, que começou na última quarta-feira (15) e termina nesta sexta-feira (17), no 9º andar do Shopping Iguatemi, em São Paulo.
Se a referência vem de fora ou não, é uma discussão que não cabe a nós. O mais importante é saber que, no Brasil, o desempenho dos nossos criadores vale mais do que qualquer cópia barata que exista por aí.
É nessa dança gostosa de cintura marcada e composições no mínimo curiosas que Priscila Darolt abriu com chave de ouro o segundo dia do evento.
A estilista, que buscou inspiração nas mulheres celestiais, apresentou 15 looks, destacando conjuntos brancos, jaqueta e bermuda curtinha, com recortes delicados e muitos botões.
Nesta proposta minimalista, ainda aparecem lindas jaquetas com fivelas e um conjuntinho básico, que sem dúvida nenhuma vai ser hit neste inverno, de camisa estampada feminina, short ou saia de chamois.
E atenção! Fiquem de olho nas botinhas de cano curto.
Enquanto isso, a grande surpresa da noite ficou por conta da coleção da J.Pig. Aliás, o estilista, nesta estação, decidiu inovar a marca, a começar pelo nome.
O Pig, foi mandado para o espaço. Será que ele recorreu à numerologia para tirar a sorte grande nesta estação? Sortudo ou não, sua coleção se destacou no segundo dia do evento.
J, agora assim chamado, faz uma mistura gostosa de peças em veludo, jaquetas transpassadas, blusas com franjas, calças com amarrações e peças em tricô e crochê combinadas com saias rodadas, vestidos transparentes e cachecol.
Já a Gokko recorreu às cores do pintor Pierre Bonnard e às crianças do começo do século XIX para formatar a sua coleção.
O resultado foi uma mix de estampas que se apóia em looks cinza e branco e vestidos que combinam perfeitamente com legging. Bacana o look retrô masculino, feito de calça e camisa xadrez.
Mas de encher os olhos foi o desfile de Eduardo Inagaki. O estilista apostou em looks preto e branco com interferência de cru, salmão, vinho, lilás e púrpura. O mais interessante é que, apesar de fazer parte do clã bertolinista, o estilista não aposta suas fichas naquela estética cafona dos anos 80 – que, aliás, já deu o que tinha dar – e, sim, se joga num mimalismo moderno e chique. Com certeza, o melhor desfile do dia.
