“O astro iluminado da comunicação brasileira” é o primeiro enredo de uma escola de samba carioca a homenagear José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, na Sapucaí. Mas isso se deve, como ele gosta de dizer, à intimação que Anisio Abraao David, patrono da Beija Flor, fez ao amigo. “A história já estava acontecendo há algum tempo. Na verdade, desde o lançamento do livro (a biografia O livro do Boni). Jayder (Soares) queria fazer na Grande Rio, mas minha relação com Anísio de mais de 30 anos pesou”, conta o ex-todo-poderoso da TV Globo.
Engana-se quem pensa que o presidente de honra da escola da Baixada ficou magoado. Boni garante que não: “Ele vai participar do desfile da Beija Flor!”, revela.
Boni é só elogios à equipe da Beija Flor, com quem conviveu praticamente todos os dias durante nove meses no barracão e nos ensaios da quadra. “Espero que o filho saia bonito!”, brinca, confessando que, se ainda estivesse na Globo, certamente contrataria muitos desses profissionais. “Eles são ótimos, eu vou lá e só coloco uma cereja no bolo”, diz o diretor, que deu assessoria principalmente na parte tecnológica do desfile. Na avenida, entre outras surpresas, estarão 17 telões de led e um carro para onde os espectadores poderão enviar imagens de vários pontos das arquibancadas para serem compartilhadas.
Até há pouco tempo não havia uma decisão sobre qual ala Boni desfilaria no domingo de Carnaval. “O suspense ainda rola um pouco. Mas acho que é quase certo que eu fique junto com a bateria”, diz o “astro iluminado”, que virá vestido de Charles Chaplin, à frente dos ritmistas, também de Chaplin, ao lado da rainha de bateria Raissa.
Boni, que diz adorar participar dos bailes do amigo Ricardo Amaral – “Sempre dou uma passadinha para conferir” – também é o tema do camarote da Revista Rio, Samba & Carnaval. No espaço, ele tem uma área exclusiva, que será ainda maior este ano, para receber seus convidados durante os dias de desfile no Sambódromo.
