Artistas brasileiros ativistas
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Patrícia Rehder Galvão, conhecida por seu apelido Pagu, foi a primeira mulher presa por motivações políticas no Brasil, há exatos 82 anos, em 15 de abril de 1931. Na ocasião, ela e seu então marido, o escritor modernista Oswald de Andrade, participaram da organização de uma greve de estivadores em Santos. Artista e militante política, ela foi presa outras 22 vezes.
A escritora e jornalista causou um rebuliço na sociedade brasileira e inaugurou, junto com seu marido, a militância política partindo da classe cultural, em que o artista usa seu reconhecimento e prestígio social para expor publicamente sua opinião política.
Pagu, nascida em 1910, causava estranhamento na época por conta de seu comportamento, que incluía pequenos mas simbólicos desvios de padrão, como o de fumar na rua e usar blusas transparentes. Em 1930, ela foi a pivô de um escândalo, para época, no meio artístico. Oswald de Andrade, com 40 anos, se separa de Tarsila do Amaral, com 44 anos, para se casar com Pagu, com 20 anos.
Entre suas prisões posteriores, inclui uma em Paris, em 1935, por ser integrante do Partido Comunista e estar com identidade falsa. Na ocasião, é repatriada para o Brasil, onde fica presa por mais cinco anos.
Da primeira prisão de Pagu ao comentado beijo de Daniela Mercury em sua esposa passaram-se mais de 80 anos, em que floresceram mais artistas ativistas como Ziraldo, que criou O Pasquim; Chico Buarque e Gilberto Gil, que compuseram a música Cálice no auge da Ditadura Militar; e Waly Salomão, poeta e compositor que tentou fazer com que livros fossem incluídos na cesta básica.
Confira a galeria acima com os artistas que se enveredaram pela militância em algum momento de suas vidas.