Obras de arte famosas
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Há 40 anos o mundo perdia um dos maiores gênios da pintura: Pablo Picasso. No dia 08 de abril de 1973, o pintor espanhol aos 91 anos e vivendo em Mougin, na França, morreu devido a um edema pulmonar. Se o pintor chegou a passar fome, no começo da carreira, pois mal conseguia vender seus quadros, em fevereiro deste ano, ele teve a obra Femme Assise Pres d’une Fenetre (Mulher Sentada Junto de Uma Janela) vendida por R$ 88,9 mi em leilão em Londres.
Picasso, além de considerado grandioso em sua arte, é apontado como o mais versátil dos pintores em todos os tempos. Ele não se contentou com uma fórmula e ali se assentou. No começo da carreira, teve as chamadas fase azul e a fase rosa. E seu interesse pela arte e máscaras africanas o levou a conceber, junto com Georges Braque, um movimento que iria ser uma ruptura decisiva (e iniciada no impressionismo) na concepção da representação pictórica, isto é, da pintura não necessitar mais ser um retrato fiel da realidade, a espelhando.
O choque do quadro Les Demoiselles d`Avignon, pintada em 1907, foi imediato. A obra retrata cinco prostitutas de um bordel em Barcelona já com os traços do que depois seria conhecido como cubismo e uma forte presença do primitivismo das máscaras africanas. A violência da pintura de Picasso recebeu logo críticas como “medonho”, “horroroso” e “arte depravada”.
Só décadas mais tarde seria realmente valorizada e, em 1939, comprada pelo MoMA (Museu de Arte Moderna) de Nova York. O renomado crítico italiano Giulio Carlo Argan escreveu: “Les Demoiselles d`Avignon, mesmo que se queira considerá-la apenas como um gesto, é o gesto de revolta com que se abre o processo revolucionário do cubismo”.
Outra obra muito famosa de Picasso é Guernica, que ele pintou para retratar seu horror diante do massacre da população de um pequeno povoado espanhol pelas tropas do ditador Franco com ajuda e apoio dos nazistas.
Reza a lenda que durante a ocupação nazista em Paris, Picasso, que vivia na época na capital francesa, era sempre alvo de várias batidas policiais. Em uma delas, um soldado alemão, ao ver um esboço de Guernica perguntou: “Foi você que fez?” O pintor disparou: “Não, foram vocês”.
Assim era Picasso, tanto na pintura como na vida, tudo estava em um gesto.
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