Nesta quinta-feira (09), faz 33 anos que a escritora e jornalista Clarice Lispector morreu, um dia antes de completar 57 anos, vítima de um câncer inoperável no ovário. Nascida na Ucrânia, Clarice veio ao Brasil com apenas dois meses de vida, por sua família sofrer com a perseguição aos judeus, durante a Guerra Civil Russa de 1918-1921 e se instalou em Recife, Pernambuco. Alguns anos depois, após a morte de sua mãe, ela e sua família mudaram-se para o Rio de Janeiro.
Em 1943 foi publicado seu primeiro romance, Perto do coração selvagem, que inovou a literatura da época, surpreendendo a crítica, pela problemática de caráter existencial e também pelo estilo solto, elíptico e fragmentário, visto que na época.
Seu livro mais famoso é A Hora da Estrela, que foi lançado poucos meses antes da morte da autora, descreve a pobreza e a marginalização no Brasil. A publicação chegou a ser leitura obrigatória para vestibulandos de algumas universidades por um bom tempo.
Como jornalista, trabalhou em jornais como Jornal do Brasil e Diário da Noite, fazendo colunas voltadas para o público feminino, abordando temas como dicas de beleza, moda e comportamento.
Clarice é, até hoje, uma das escritoras do Brasil mais lembrada, ao lado de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Cecília Meireles.
Assista uma entrevista que a escritora concedeu no ano de sua morte!
Conheça algumas das frases famosas de Clarice Lispector:
“Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.”
“Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.”
“Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.”
“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
“Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar.”
“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.”
“Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.”