A modelo Gisele Bündchen deixou as passarelas durante uns dias para visitar algumas das regiões mais carentes do Quênia, onde nesta sexta-feira (13) defendeu o acesso da população mais carente às energias renováveis.
“A energia afeta tudo. As crianças só poderão estudar se tiverem eletricidade. Podemos tornar a energia mais acessível para ajudar as pessoas a viverem melhor”, afirmou a modelo.
A top model fez essas declarações ainda em Nairóbi, na sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), da qual é embaixadora da Boa Vontade.
“É injusto que as pessoas não tenham luz. A energia deve ser acessível para todos. Precisamos de apenas 2% do investimento global”, disse Gisele em entrevista coletiva ao lado diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner.
“Durante cinco dias, a brasileira, uma das modelos mais cotadas do mundo, estará conhecendo as carências energéticas de uma das regiões mais pobres do mundo”, informou o Pnuma em comunicado.
Em um bairro da periferia de Kibera, o maior da África Oriental, a modelo viu os efeitos da falta de eletricidade na vida das pessoas e, também, o benefício que a chegada da energia renovável pode trazer. Este mesmo bairro ficou popularizado no filme O Jardineiro Fiel (2005), de Fernando Meirelles.
Ainda em Kibera, Gisele visitou vários projetos de biogás, que são elaborados com a intenção de transformar os resíduos orgânicos em eletricidade.
Entre outros lugares, a top model também visitou a região de Kisumu, onde participou da coleta de lenha carregando alguns gravetos sobre sua cabeça, assim como fazem muitas mulheres keniatas no campo. Para completar, Gisele ainda conheceu o funcionamento dos fogareiros eficientes.
Segundo o Pnuma, 70% da população da África Subsaaariana não dispõe de eletricidade em suas moradias. No Quênia, por exemplo, só 18% dos lares possuem luz elétrica.
Gisele, que qualificou sua experiência no Quênia como “assombrosa”, acrescentou que “todo o mundo pode ajudar de diferentes maneiras a melhorar a vida dos mais necessitados”.