O diretor teatral Gerald Thomas é mais um artista a opinar a respeito das biografias não autorizadas. Em declaração publicada nesta quarta-feira (16) no jornal O Globo, ele defendeu a liberação dos livros no Brasil.
“Infelizmente, o nosso destino não é um tango amistoso entre nossos biógrafos e críticos. Quem dera fosse! Fazer parte da vida pública também significa ter desagradáveis surpresas e curvas em estradas nem sempre desejáveis. Seja como for, curvas e calombos fazem parte dessa ‘obra de arte total’ e merecem constar numa biografia — goste o biografado ou não. Faz parte. Simplesmente faz parte”, disse o diretor ao jornal.
Thomas já havia manifestado sua posição sobre o assunto em seu Facebook, em que ele chegou a dizer disse “Quem compôs É Proibido Proibir não pode proibir”, fazendo referência à música e à opinião (a favor da proibição das biografias não autorizadas) de Caetano Veloso.
“Olha, estou longe de ser daqueles que critica o Caetano, muito pelo contrário. Amo esse cara e amo a obra dele e entendo que poucos no mundo conseguiram construir uma obra tão bela e tão fantástica! É isso. Caetano Veloso é um dos gênios absolutos do mundo (e eu lia seus versos pro Beckett ). Só não concordo com esse ato dele (ser a favor da proibição das biografias não autorizadas), assim como não concordo quando endossou esse grupo horrendo, o black bloc. Só isso”, escreveu Gerald Thomas em seu perfil do Facebook.