Expulsão de Gaby de A Fazenda: cancelada ou milionária? Veja impacto dos realities na carreira (Foto: Reprodução/Record)
A expulsão de Gaby Spanic de A Fazenda 17, após dar um tapa em Tamires Assis durante uma dinâmica ao vivo, virou um dos assuntos mais comentados do domingo e mostrou como um único gesto em frente às câmeras pode mudar completamente o rumo de uma carreira. A participação em um reality show pode transformar desconhecidos em fenômenos de marketing ou enterrar a imagem de quem já tem milhões de seguidores.
Para Priscila Jaffé, especialista em marketing de influência e fundadora da plataforma ORBBY, esse é o poder (e também o risco) de programas como A Fazenda e BBB. “A participação pode ser a porta de entrada para contratos milionários ou o atalho mais rápido para o cancelamento”, afirma a executiva, que já esteve por trás de carreiras como as de Rafa Uccman, Carol Peixinho e Marina Ferrari.
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“Há casos de participantes que, em poucas semanas, ampliam o cachê em até dez vezes simplesmente por se tornarem nomes conhecidos fora da bolha digital.” E os números não deixam dúvida sobre esse impacto.
Depois do BBB 21, Juliette passou a cobrar cerca de R$ 250 mil por uma única sequência de stories. Já Laís Caldas, que entrou anônima no reality, saiu cobrando em média R$ 5 mil por stories e até R$ 30 mil por reels. Em poucos meses, o valor de mercado desses nomes disparou e tudo começou com a vitrine que o reality oferece.
A linha entre hype e rejeição é mais fina do que parece
O que separa quem sai do confinamento milionário de quem vira alvo de rejeição está nas atitudes dentro da casa e na estratégia pós. Segundo Priscila, reality é “um grande laboratório de percepção pública” e quem entende isso tem vantagem. Mostrar vulnerabilidade sem perder o controle, ter empatia mesmo sob pressão e se posicionar com firmeza e respeito são comportamentos que constroem conexão imediata com a audiência. “O público não espera perfeição, espera verdade”, diz ela.
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Por outro lado, comportamentos arrogantes, deboches com vulnerabilidades, manipulações e ataques constantes desgastam rapidamente a reputação. “O público tolera o erro, mas não perdoa a incoerência. Quem sai e tenta negar o que aconteceu, justificar excessos ou manter uma postura defensiva perde credibilidade”, explica Priscila. E essa perda de credibilidade tem consequência direta no bolso: em vez de grandes campanhas, sobram contratos pontuais ligados à polêmica, que pagam menos e têm vida curta.
O reality é a vitrine, mas o negócio começa depois
Estar em um reality de grande audiência é só a primeira etapa. O que realmente transforma visibilidade em carreira é o que acontece quando o confinamento acaba. Os primeiros três a seis meses fora da casa são decisivos. É nesse período que o público está mais engajado e as marcas mais dispostas a investir. Quem não aproveita o momento perde relevância.
“A simples presença em um reality não garante oportunidades; ela apenas entrega visibilidade. O que transforma essa visibilidade em carreira é a estratégia pós-programa.”, diz a empresária.
Essa estratégia começa com a definição de uma narrativa e um posicionamento consistente, passa pela organização das redes sociais e exige a montagem de uma equipe mínima para cuidar da imagem e negociar contratos. “Visualização é passageira; relacionamento é ativo. Quem cria um senso de pertencimento garante contratos e relevância”, reforça.
Cancelado? Dá para virar o jogo
Nem tudo está perdido para quem sai do reality com a imagem arranhada. A chave, segundo Priscila, está em assumir os erros e mostrar evolução. “O público perdoa quando sente arrependimento genuíno. Reconhecer excessos, mostrar vulnerabilidade e evoluir com consistência transforma cancelamento em narrativa de superação, e essa virada costuma ser mais poderosa do que qualquer estratégia de marketing.”
Exemplos não faltam. Bianca Andrade, a Boca Rosa, reconstruiu sua imagem após um cancelamento e hoje comanda um império de beleza. Manu Gavassi levou uma narrativa bem planejada para dentro do BBB e saiu direto para campanhas milionárias. Jade Picon usou o reality para reposicionar sua marca e expandir seus negócios.
Cada caso mostra que o jogo de verdade começa quando as câmeras se desligam. E como resume Priscila: “O reality é o palco, mas o pós-reality é o plano de negócios. O que define o sucesso não é o que aconteceu diante das câmeras, e sim o que se faz com isso depois.”
