Ex-assessor defende Wanessa sobre “BBB24” e diz que torce por Davi (Foto: Divulgação/RR)
Os reality shows atraem participantes que na maioria buscam desenfreadamente a fama, mas nessa edição, decidiram reunir participantes anônimos que buscavam ter uma vida financeira mais saudável, a maioria estava com dívidas.
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A busca desenfreada pelo reconhecimento público pode levar a um comportamento artificial, onde a autenticidade é sacrificada em prol de uma persona “perfeita”para as câmeras e fingir ser alguém pode gerar uma série de problemas como frustração, depressão e ansiedade, principalmente quando o programa termina e existe esse “choque de realidade”.
Conversamos com o jornalista Roberto Rodrigues, que escreve sobre reality shows há mais de 20 anos e também assessorou a cantora Wanessa Camargo durante sete anos.
“Wanessa é uma das artistas mais competentes que já tive o prazer de trabalhar. É extremamente dedicada e atenta aos detalhes. Acompanhei sua trajetória no programa e me surpreendi com algumas atitudes, talvez geradas pelo stress do confinamento e do relacionamento com pessoas com características tão peculiares”, diz o jornalista.
Confinados em um ambiente artificial, os participantes de reality shows são submetidos a uma pressão constante. Câmeras 24 horas por dia, provas desafiadoras, jogos da discórdia e a convivência com pessoas desconhecidas podem gerar estresse e ansiedade em níveis alarmantes.
Essa pressão pode levar a explosões emocionais, brigas e comportamentos impulsivos que podem ter consequências negativas para a imagem e os relacionamentos dos participantes.
É importante lembrar que os reality shows são produtos televisivos editados para criar uma narrativa específica. As cenas são manipuladas, diálogos são editados e o contexto das situações pode ser distorcido. Essa manipulação pode levar os participantes a se comportarem de maneira diferente do que fariam em seu ambiente natural, criando uma imagem irreal e distorcida de quem eles realmente são.
Ao retornar à vida normal, os participantes de reality shows podem ter que lidar com as consequências de seus comportamentos dentro do programa. Comentários infelizes, brigas e atitudes impulsivas podem ter repercutido negativamente na sua imagem e nos seus relacionamentos. Reconstruir a vida após a participação em um reality show pode ser um processo desafiador e doloroso.
Wanessa teve uma relação de amor e ódio por Davi, chegou a dar de presente a tão sonhada faculdade de medicina e elogiar o jovem motorista, mas a postura firme dele despertou gatilhos emocionais sobre a cantora que começou a tentar prejudicar sua permanência no jogo.
“O que eu posso dizer é que conheço Wanessa e ela é totalmente desprovida de preconceitos e situações de racismo como foi apontado pela imprensa. Ela é muito consciente e chega a ser doce em relação às pessoas, principalmente seus fãs que a acompanham há tantos anos. Pegaram muito pesado com ela e tentaram transformá-la em uma pessoa que ela não é. Obviamente as relações internas do jogo são diferentes do que assistimos pela TV e conflitos sempre terão nesses programas. E o mais importante é que quando o jogo acaba, os conflitos acabam, a vida real é outra coisa”, finaliza o jornalista.
Na reta final do jogo, Roberto diz torcer por Davi: “sem dúvida, ele foi o grande protagonista dessa edição. Tem uma história de de vida repleta de desafios que o tornaram até um pouco inflexível, mas sem perder o bom humor e a doçura de um jovem de 20 e poucos anos que quer dar uma vida melhor para a família, além de enfrentar preconceitos diversos que vão do racismo ao fato de se relacionar com uma mulher mais velha em uma relação repleta de amor e cumplicidade. Davi merece ganhar!”, diz o jornalista.
Participar de um reality show pode ser uma experiência transformadora, mas é importante estar ciente dos riscos e desafios que essa experiência pode trazer. A busca por fama e a pressão constante podem levar a mudanças de comportamento que podem gerar problemas futuros. É fundamental que os participantes recebam acompanhamento psicológico e que o público consuma esse tipo de entretenimento de forma crítica e consciente.
