Sabrina Boing Boing
Sabrina Almeida, mais conhecida como Boing Boing, publicou mais de 1800 fotos no Instagram em pouco mais de 100 dias. Já passou pela MTV e Rede TV, já fez parte de do grupo Sexy Dolls e hoje se apresenta como DJ em discotecagens que vão além tocar música.
A loira causou nas redes sociais recentemente ao postar uma foto literalmente de quatro em cima das pick ups e afirmou: “Hoje em dia não basta tocar bem, tem que se entregar, se doar ao público. Eles querem muito mais que música, querem que você viaje com eles na mesma brisa. (Palavras minhas)”. À sua maneira, a DJ acredita que sua sensualidade é um ingrediente a mais nos seus sets.
Em entrevista exclusiva ao Virgula Famosos, a DJ falou sobre sua carreira, de como conheceu acidentalmente David Guetta, sobre a diferença entre vulgaridade e sensualidade e do dia em que teve a ideia de levantar a blusa enquanto alimentava um avestruz, para ver o que ele achava disso.
Confira abaixo a entrevista exclusiva com Sabrina Boing Boing.
Virgula Famosos – Como começou o seu interesse pela música eletrônica?
Sabrina Boing Boing – Eu sempre trabalhei em balada, desde quando eu morava no sul do país. Eu trabalhei como bartender, como dançarina e eu sempre estive no meio da música eletrônica. Tanto que, quando eu vim para São Paulo, eu trabalhava no clube Ibiza até entrar para TV (ela trabalhou na MTV e Rede TV). Até que um dia, eu fui a uma rave, me apaixonei pelo espetáculo e comecei a fazer um curso de DJ.
Quando você começou a tocar?
Essa história é muito louca. Eu estava no aeroporto de Congonhas para pegar um voo para Curitiba e tinha um gringo que parecia estar me xavecando pelo jeito dele, eu não entendia o que ele falava. Como eu sou uma pessoa muito simpática, eu sorri. Depois essa pessoa começou a dançar para chamar a atenção, eu fui falar com ele. O gringo falava meio inglês, meio francês. E eu também dou uma enrolada meio (falando) de tudo. As pessoas começaram a tirar foto e eu fiquei na dúvida: “Quem será que é essa pessoa?”. Ele perguntou o que eu fazia e eu disse que era DJ e perguntei dele, que respondeu: “Eu sou o David Guetta”. Imagina? Minha cara foi lá no chão, eu fiquei com muita vergonha. Ele pediu meu telefone mas eu fiquei enrolada e passei tudo errado, eu tirei foto com ele mas sem querer apaguei tudo. Eu fiquei boba, porque uma das músicas que eu mais gosto é Love is Gone que é dele. Mas quando eu acalmei, um outro DJ amigo dele que morava em Amsterdã me passou o seu contato e eu fui para lá começar a tocar.
Você ainda fala com ele e com o David Guetta?
Não, a gente acabou perdendo contato. Eu até tinha combinado de vê-lo em uma apresentação, quando eu estava morando em Amsterdã, mas aconteceu de ser no dia em que eu ia aumentar o peito, eu já estava com cirurgia marcada. E, desde então, foi um desencontro atrás do outro. Mas eu ainda falo com o DJ amigo dele.
Qual o nome desse amigo DJ?
Eu tenho o nome dele lá nos meus e-mails, mas de cor eu não lembro. Ele não é muito famoso, normalmente ele faz abertura para o David Guetta, trabalha no staff junto com ele.
Como foi o seu começo em Amsterdã?
Eu comecei abrindo pista e cheguei a tocar em um festival que tinha Tiesto (por anos considerado o melhor DJ do mundo) no line up. Foi tudo muito rápido.
Como você define seu som?
Bom eu gosto de tocar eletro house pesado, que já é quase um eletro hard, geralmente com vocal. Eu não gosto de nada muito parado, tipo house. Eu gosto de misturar também, hip-hop, rock, com eletro.
Quais DJs que você mais gosta?
Eu odeio tocar (música da) moda, tipo Gangsta Style, do Psy. Eu gosto do David Guetta. She Wolf, por exemplo, é uma música que não pode faltar. Mas fora ele, que é mais comercial, eu gosto de Afrojack, Dimitri Vegas & Like Mike, Hardwell e Skrillex.
Como surgiu o lance de unir sensualidade a discotecagem. Isso já existia em Amsterdã?
Já, eu tocava de top. Faz parte da minha personalidade. As pessoas me diziam no começo para eu tocar com roupa, tipo camiseta, calça jeans, para eu ser levada a sério. Eu disse: “Nada a ver, a minha música nunca vai ser afetada pela maneira de eu me vestir”. E por que não? Se eu faço o tipo gostosa, sou loira e tenho peitão, por que não unir música e sensualidade? O útil e o agradável? Eu gosto de interatividade, eu faço “a louca” mesmo, subo nas mesas, nas caixas de som e eu danço, eu me jogo. Eu faço o que me dá vontade na hora.
Você já fez algo em uma discotecagem que se arrependeu depois?
Não, eu nunca fiz nada demais. Eu tomo cuidado para não jogar água nos fios. Porque às vezes está muito calor e eu pego a garrafinha d’água e jogo em mim mesma. O povo fica louco. Ou então abro uma champanhe, jogo no público como eu fiz na Virada Cultural (evento anual que acontece em São Paulo) e foi o maior sucesso. Nessa ocasião, eu até troquei de camiseta e boné para provar que eu não estava ali por causa da minha beleza. Mas eu já passei dessa fase de ter que provar. Eu estou em um nível que posso tocar ao lado de qualquer DJ sem fazer feio.
Você se acha uma mulher sensual?
Sim, lógico. Mas quando eu estou de TPM, não.
E qual a diferença entre uma mulher sexy e uma vulgar?
Uma mulher pode ser vulgar completamente vestida, só com o olhar. E eu acho que eu, mesmo postando uma foto “de quatro”, eu consigo ser sexy e não vulgar. Eu acredito que nenhuma das fotos que eu publiquei seja vulgar. Vulgaridade é uma atitude e está também muito nos olhos de quem vê. Eu não me considero vulgar de maneira alguma.
Você criou seu Instagram no dia 29 de novembro de 2012. Desde então já publicou 1873 imagens, em uma média de 16,5 fotos por dia. Como nasceu seu interesse pela rede social de fotos?
Eu era totalmente contra o Instagram, tanto que a conta é recente. Quando eu troquei o celular, meu produtor criou uma conta para mim e acabou virando um vício porque eu sempre amei fotografia. Eu acho que é uma forma de eternizar um momento e o Instagram é prático. Como eu moro sozinha, às vezes eu me sinto só e quero dividir meus momentos com meus fãs. É como se o Instagram fosse meu melhor amigo.
E de onde vêm as ideias das fotos?
Da minha cabeça mesmo. É muito espontâneo, tanto as imagens quanto as legendas.
Uma vez você publicou uma sequência de imagens em que, de seios à mostra, alimentava um avestruz…
Eu estava indo tocar no Espírito Santo e nós paramos na estrada para comer, em um lugar que criava avestruz. E eu sou louca por bicho. Então eu disse: “Vou lá trocar uma ideia com o avestruz”. E eu comecei a dar comida para o animal. Por coincidência, eu estava com aquele negócio colado no peito, pois tinha feito uma apresentação na noite anterior e aquilo é difícil de tirar. Eu sempre ouvi dizer que avestruz não pode ver algo que brilha que ele já quer comer, então eu fiz um teste para ver o que ele achava. Então, eu levantei a blusa e eles ficaram olhando, não quiseram comer.
Quais são seus projetos futuros?
Quero ficar um tempo na Europa para investir mais na música eletrônica e também estou pensando em abrir um estúdio de tatuagem, já estou fazendo curso até.
Confira acima a galeria com fotos de Sabrina Boing Boing.