Aos 74 anos de idade, a musa do Cinema Marginal na década de 70, Maria Gladys, passa por dificuldades financeiras. Tanto que, circula pelo Facebook, uma campanha organizada por amigos para fazer uma vaquinha para a atriz. Em declaração publicada, nesta terça-feira (03), no jornal O Globo, a atriz falou sobre sua situação.

“Estou ‘duraça’. Essa vida de artista é para quem tem herança, para quem tem família rica. Eu sou filha de pobre e estou coroa. É muito difícil arrumar trabalho agora”, disse Gladys que completou, lembrando o auge de sua carreira: “Imagina se eu, em Londres, tomando ácido e vendo o Led Zeppelin, ia ficar me preocupando em guardar dinheiro para quando ficasse velha. Não ia mesmo”.

A atriz contou também que o amigo Stepan Nercessian lhe ofereceu hospedagem no Retiro dos Artistas, mas para ela, isso é como “a morte”.

Pelo Facebook, circula uma campanha organizada por amigos de Maria Gladys, para arrecadar dinheiro para a atriz, de 74 anos, que vive atualmente no interior de Minas Gerais. De acordo com Marco Aurélio Marcondes, distribuidor independente de cinema e presidente da Federação de Cineclubes do Rio de Janeiro, o dinheiro servirá para a atriz “vir ao Rio de Janeiro tratar de sua aposentadoria e da saúde, além de pagar as despesas da viagem, contas de aluguel, água e luz atrasadas”.

“Por inciativa de Simone Cavalcanti, mais outras amigas e amigos estamos nos mobilizando desde o ultimo domingo, para levantar um apoio financeiro e criar condições para nossa querida Maria Gladys, que dispensa apresentação, viver com um mínimo de dignidade. Se puder colabore, depositando – o mínimo que seja – em nome de: MARIA GLADYS MELLO DA SILVA – BANCO DO BRASIL /Agência 0597-5/ Conta corrente: 23.277-7 / CPF: 854920867-15”, escreveu Marco Aurélio Marcondes em uma publicação do Facebook.

Maria Gladys, que já namorou o cantor Roberto Carlos, teve uma carreira aclamada no cinema durante as décadas de 60 e 70, participando de filmes como Os Fuzis (1964), de Ruy Guerra, que levou o Urso de Prata no Festival de Berlim, O Anjo Nasceu (1969), de Júlio Bressane, e Sem Essa, Aranha (1970), de Rogério Sganzerla.


int(1)

‘Estou duraça, vida de artista é para quem tem herança’, diz Maria Gladys

Sair da versão mobile