O escritor e jornalista José Miguel Varas ganhou nesta segunda-feira o Prêmio Nacional de Literatura do Chile, que a cada dois anos é concedido pelo Ministério de Educação para reconhecer a obra dos autores do país.
Varas, nascido em Santiago em 1928, superou na eleição os romancistas Diamela Eltit, Germán Marín e Hernán Rivera Letelier, além de Isabel Allende, que eram os favoritos para o prêmio dedicado este ano à narrativa.
Jornalista de rádio e televisão, cronista de jornais e revistas, autor de romances e contos, Varas, de 78 anos, começou a carreira de escritor em 1946 com a publicação do romance "Cahuín" e continuou publicando contos e narrativas periodicamente.
Em 1973, depois do golpe de Estado liderado pelo general Augusto Pinochet, Varas partiu para o exílio e, na Rússia, dirigiu uma equipe de jornalistas que trabalhou na Rádio Moscou para difundir programas de oposição à ditadura militar (1973-1990).
Dotado de uma fina ironia com a qual matiza o dramatismo de algumas situações, a obra de Varas se projeta em crônicas e relatos "para rir e chorar", segundo comentou um crítico.
Ao voltar para o Chile, depois do exílio, publicou "Las pantuflas de Stalin" (1990), "Neruda y el huevo de Damocles" (1992), "El correo de Bagdad" (1994) e "La novela de Galvarino y Elena" (1995).Entre seus últimos livros estão "Neruda Clandestino" (2003) e "Los sueños del pintor" (2005).
