Na última quinta-feira, 10, Emicida foi um dos convidados do programa Conversa com Bial, que se propôs a trazer uma reflexão sobre os 130 anos da abolição da escravatura e suas marcas na sociedade brasileira. Ao lado dos professores Helio Santos e Sonia Guimarães, a primeira docente negra do ITA, o rapper lembrou de seus tempos de escola:

“Na escola era uma sensação desagradável, já que o protagonismo da nossa história não era nosso nem no dia em que éramos libertados”, ele contou, se referindo ao ensino da Lei Áurea no Brasil. “Era comum sermos alvos de piadas e de insultos”.

Emicida revelou ter buscado aprender sobre a história dos negros no país por conta própria. “A princesa [Isabel] recebe todos os louros, mas ela estava ali muito por acaso, não era envolvida com a militância. Descobri que ela tinha verdadeiro afastamento da questão política. É curioso como uma pessoa que estava ali por acaso se torna ícone de um momento tão importante e transforme em seres invisíveis todos esses personagens gigantes que lutaram por tantos anos pela libertação dos negros”, ele disse.

 


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Emicida lembra racismo sofrido nos tempos de escola e reflete sobre ensino da Lei Áurea

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