Aos 47 anos, o ator Alexandre Frota continua dando o que falar. Em entrevista exclusiva ao Virgula Famosos, o polêmico ator falou sem freios sobre assuntos que ajudaram a tranformá-lo numa personalidade controversa no mundo das celebridades. Com seu jeito espontâneo, sincero e direto, ele respondeu a todas as perguntas feitas pela reportagem. “Vocês ainda vão se surpreender comigo”, ele garante. Leia a seguir o que Frota diz sobre drogas, funk, sexo, mulheres, filhos, reality show, seu novo emprego no humorístico A Praça é Nossa (SBT), etc. Assim como os filmes de que Frota participa, o conteúdo desta entrevista é indicado apenas para maiores de 18 anos.

Virgula: Você tomou um rumo diferente na carreira. Começou como ator na Globo e depois foi fazer filmes pornôs. Você se arrepende?

Alexandre Frota: Algumas vezes já me arrependi, outras, não. Na verdade não fiz nada de errado, fiz porque eu procurei isso. Partiu de mim, a conta foi cara, pois vivemos em um país ainda muito cheio de preconceitos. Se eu estivesse lá fora (exterior), eu seria milionário e ganharia até prêmios no mundo pornográfico, mas como estou no Brasil… Mesmo assim não obriguei ninguém a assistir aos filmes, que foram recordes de venda. Engraçado isso, tenho saudades da Globo, tenho muito amigos (Roberto Talma, Miguel Falabella e Wolf Maya) por lá e não descarto uma volta. Um dia eu volto.

V: Você está satisfeito com o “Alexandre Frota” de hoje? O que mudaria?

AF: Às vezes sim, às vezes, não. Poderia estar melhor, mas escolhi muitos caminhos não convencionais. Sou um guerreiro que vai morrer lutando. Poderia ser muito mais político, engolir mais as coisas e ficar de boa, mas sou autêntico, amem ou odeiem. Hoje tem mais gente que me ama (risos). Estou mais equilibrado, não uso mais drogas, acordo cedo, respeito mais as pessoas, estou afastado das encrencas e polêmicas, estou namorando e vivendo um momento diferente na minha vida ao lado da Fabiana Rodrigues, uma grande mulher de garra, força e determinação, além de um grande coração. Ela foi criticada e bombardeada por estar comigo, mas, hoje, aos 47 anos, acredito que nunca será tarde para mudar. Vocês ainda vão se surpreender comigo.   

V: De onde surgiu o seu envolvimento com o funk?

AF: Eu não sou funkeiro, gosto de funk. Sou carioca, mas trabalho com isso porque me dá uma grana. Não sou fã ardoroso do ritmo. Faço um trabalho legal porque não sou cantor de funk. Montei um espetáculo no palco com músicas conhecidas de outros artistas, alguns amigos e outros conhecidos. Canto só sucesso, então ninguém fica parado. Em volta de mim tem umas oito funkeiras gostosas que levam o público à loucura e eu também (risos). É uma das minhas ondas, viajo nisso. 

V: Na Casa dos Artistas você foi um dos primeiros a se expor em um reality show no Brasil. Como você avalia sua participação no programa e o que mudou na sua carreira desde então?

AF: Não só mudei a minha carreira como mudei a carreira de todos que estavam do meu lado durante o programa. Sei que carreguei a Casa nas costas, sem falsa modéstia. Sei tudo que fiz, como fui importante para o projeto. A minha levada com o Silvio Santos não tem igual. A quantidade de conteúdo que gerei para a produção foi incrível. Por isso fui levado pela Endemol para fazer outros dois realities em Portugal. Sei que fui eu quem deu as cartas na Casa, sem demagogia, mas preciso falar a verdade.   

V: Como foi ser eliminado e depois voltar para o programa? 

AF: Eu não fui eliminado. Saí porque não concordei com o Silvio. Depois ele viu que eu estava certo e me chamou de volta. Um monte de gente alertou ele da minha importância para o programa. Alguns não compactuavam com a minha volta, Leon Abravanel ficou do meu lado. Rodrigo Carelli, o diretor do programa, mais aquela gente paz e amor da (rua) Afonso Bovero que anda com ele, moderninhos, não queriam o meu retorno ao reality. Só esqueceram que quem manda é o Silvio, e eu voltei. Talvez até por isso o Rodrigo não me engula, apesar de me chamar de Frotinha ou de Ale, falar que gosta de mim. Eu caí nessa. O convidei para ir para a Record, ele estava no Multishow naquela época, ajudei na formatação do contrato dele, dei a ele uma oportunidade de brilhar como diretor geral de A Fazenda. Ele me tirou do negócio, claro, avalisado por diretores da emissora. Começava aí uma triste época para mim, pois todo o projeto de A Fazenda foi implantado por mim. Eu sei como eu fiz para as coisas acontecerem, mas o mundo dá voltas.

V: Como você se sentiu na hora de ter de transar com um travesti em um dos filmes pornôs que fez e como lidou com toda a repercussão?

AF: Me senti normal, foi tranquilo. Fiz por grana, porque quis. Não sou apontado nas ruas como “o viadinho”. Fiz, foi bom porque ganhei dinheiro. P** no c* de todo mundo que me critica.

V: Você já afirmou que foi usuário de drogas. Que droga te dava mais prazer?

AF: (risos) As drogas não fazem mais parte da minha vida. Droga nenhuma dá prazer. É uma ilusão que te leva ao fundo do poço. Você perde tudo, o nome já diz: DROGA.

V: Que conselho daria para qualquer pessoa que está começando na carreira artística?

AF: Estude muito, leia, se informe, não queira ser apenas um ex-BBB. Tenha atenção na carreira, ame o que faz, procure pessoas decentes, sérias e se cerque de profissionais legais. Respeite-se.

V: Você já afirmou que não aceita um dos seus filhos. Por quê?

AF: Quando dei a entrevista para a Marília (Gabriela), isso era muito claro na minha cabeça. Estou trabalhando nisso. Meus pais se separaram muito cedo, eu tinha nove anos, talvez tenha ficado algo na minha cabeça. O Maya hoje é bem-vindo porque o Enzo, de quatro anos, me ensinou e me mostrou que eu perdi a melhor fase do Maya. Tudo vai se acertar, não é questão de aceitar ou não, é apenas questão de ajustes comigo, com a mãe dele (Samantha), mas vou vencer isso. Adoro crianças e faço tudo por eles.    

V: Sua ex-namorada, a Dani Sperle, cobriu recentemente uma tattoo que tinha feito na época em que ainda estavam juntos em sua homenagem. O que acha disso?

AF: Não acho nada. Gosto dela, adoro o pai dela e tenho carinho especial pela mãe dela. Quero que a Dani seja feliz. Se cobriu a tattoo é porque tinha de cobrir. A vida segue.

V: Já falhou na hora H?

AF: Acho essa perguntinha careta demais. A questão é você estar com vontade ou não. É você estar bem ou não e não criar muitas fantasias sobre isso. É normal essas coisas acontecerem.

V: Com quantas mulheres acredita já ter transado?

AF: Essa eu deixo para o meu amigo Renato Gaúcho responder. Ele é quem conta com quantas já transou, eu não. (risos)

V: Usaria ou já usou Viagra?

AF: Já usei sim e é bom. Mas numa boa, é f*** (risos)! Neguinho usa porque não está numa boa e quer se mostrar, ficar viril, se achar o cara ou porque está mesmo peru-bala (aquele que quanto mais a mulher chupa, mais ele some).     

V: Defina o que é sexo para Alexandre Frota?

AF: É Alexandre Frota. Adoro, gosto muito, com amor ou sem amor. Rápido, todo dia, um dia sim, outro não, uma vez por semana, sei lá, depende muito.

V: Com quem e onde foi a melhor transa de sua vida?

AF: Atualmente tem sido com a Fabiana, mas já tive grandes mulheres e mulheres grandes na minha vida.

V: E seu trabalho no programa A Praça é Nossa?

AF: Está sendo maravilhoso. Achamos o caminho do quadro do Batman e Robin. É um grande sucesso. Carlos Alberto está me dando tudo o que eu preciso para desenvolver o produto. Tenho ainda ao meu lado o Tuca Graça, que é um dos grandes talentos do Brasil. Foi descoberta do Marcelo de Nóbrega e do pai. A equipe de produção do programa é muito boa e forte. Isso faz com que sejamos líderes de audiência. Incomodamos muito a Globo e a Record. É guerra, e eu estou no meio dela.


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Em entrevista exclusiva, Alexandre Frota fala sobre sexo, drogas, funk, mulheres e trabalho

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