É meu amigo, a coisa tá indo rápido demais? Você não está sozinho, dados indicam que a ejaculação precoce atinge cerca de 20 a 30% dos homens em idade sexual (normalmente entre 18 e 30 anos), mas estes números podem ser ainda maiores, porque muitos homens não relatam este problema ao médico. Entrevistei, por e-mail, o Dr. Antônio de Moraes Júnior, chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), pra ajudar você entender melhor a história, e saber que existe tratamento.

Na comédia Cilada.Com, namorada traída coloca uma cena de ejaculação precoce do ex que vira viral na internet. Lembre-se na vida real, esta história tá longe de ser engraçada 

“Muitas definições para a ejaculação precoce foram propostas ao longo dos anos. Muitas organizações profissionais, como a Associação Americana de Psiquiatria, Associação Americana de Urologia e a Associação Europeia de Urologia, propuseram as suas próprias definições, que incluem conceitos comuns como pequeno tempo de ejaculação, cerca de 1-2 minutos, falta do controle sobre a ejaculação ou incapacidade de retardar a ejaculação, aflição pessoal, dificuldades interpessoais ou de relacionamento e insatisfação com a relação sexual”, explica o Dr. Antônio.

Geralmente, a doença atinge homens ansiosos, metódicos, preocupados com horários, organizados, e que talvez tenham passado por alguma situação constrangedora em suas primeiras experiências sexuais. “Dentro do quadro da ejaculação precoce (EP), temos três situações: antes da penetração, durante a penetração, e logo após a penetração”.

O especialista explica que como se trata de uma doença, tem um tratamento que funciona. “Temos que procurar as causas que levaram o paciente a este quadro. De uma forma geral, indica-se uma terapia psicológica com psiquiatra ou psicólogo (terapeuta sexual). Ele será capaz de avaliar a situação, e ver se há a necessidade de medicamentos que, neste caso, os antidepressivos são considerados a primeira opção”.  Pesquisas, desde os anos 1960, apontaram que este tipo de remédio, além de combater a depressão, tinha como efeito colateral, retardar a ejaculação. Mas é preciso consultar o médico, pra que ele possa dar a dosagem correta.

Pra finalizar, ele escreve que a EP pode acontecer desde o início das atividades sexuais, ou ser adquirida depois de um tempo. “Em ambos os casos, o tratamento deve ser procurado tão logo ela esteja ocorrendo por sucessivas vezes”. Então, se está tendo problemas, perca a vergonha, e procure um médico, e tudo vai se resolver mais rápido, do que você está conseguindo se segurar, combinado?


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Ejaculação precoce: não se preocupe pra tudo tem jeito!

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