Se você ainda pensa no poker como um joguinho entre amigos, regado a breja, e com pouca grana, saiba que é um esporte sério, com prêmios milionários para quem se tornar um atleta. Carol Martins, atriz, assistente de direção, é jogadora profissional de poker, fera em torneios, além de muito gata, mostra em entrevista por e-mail, as manhas do esporte.
Carol Martins se tornou jogadora profissional de poker, e é uma das feras brazucas do carteado
“Eu me interessei pelo poker através de um amigo que fazia em sua casa, uma vez por semana, jogo a dinheiro (simbólico) com uma turma. Aprendi ali, me divertindo, rindo, levando algum dinheirinho pra casa! Logo peguei gosto. Assim fui procurar clubes de Poker em São Paulo, e comecei a jogar mais frequentemente”, conta Carol Martins.
O poker foi reconhecido pelo Ministério dos Esportes como um esporte mental. Liderada por Igor Federal, a Confederação Brasileira de Texas Hold’em conquistou seu espaço entre as entidades esportivas do país. Na descrição da CBTH, “O Poker esportivo é uma prática de competição em que exige-se do praticante inteligência, capacidade, habilidades intelectuais e comportamentais para se obter sucesso”.
“Eu faço parte da equipe MojaveSports, do Felipe Mojave, um dos melhores profissionais do esporte no Brasil. Lá comecei a ter sessões de coaching, treinamentos intensivos, e junto com os outros jogadores do time, troco informações de jogadas, estratégias e assim evoluo meu jogo constantemente”, escreve Carol, comentando sobre a importância do treinamento para quem quer se tornar um profissa do carteado.
Para se ter uma ideia, na Unicamp, na Faculdade de Ciências Aplicadas, uma das matérias eletivas mais procuradas é sobre o assunto. São 120 vagas para estudantes de todas as áreas, com 2 horas semanais, com o objetivo de compreender o poker como um jogo de estratégia, baseado em tomadas de decisão, e estudo de padrões comportamentais. Além, de estudar os principais fundamentos matemáticos que estão na base das decisões, e suas aplicações em situações cotidianas fora do jogo.
“Mesmo para iniciantes, indico procurar um profissional que dê aulas, porque além de se familiarizar com o jogo, ele dará dicas preciosas e pode-se começar a jogar assim que quiser”, avalia Carol. Além de aprender os nomes das jogadas, porque o vocabulário é bem específico. E ela ainda avisa que os ambientes não são machistas. Ou seja, aquela velha cena, de mesas cheias de baforadas de charuto é coisa do passado. “Se for mulher, não temos nenhuma desvantagem, muito pelo contrário, a intuição e o charme da mulher são poderosas armas numa mesa de poker”.
