Graças ao sucesso do funk, homens começaram a perceber que dá para usar joias sem problemas. Primeiro os rappers nos anos 1980 até chegar à atual força do funk ostentação, a moda se espalhou por jogadores de futebol, artistas, e chegou em diferentes tribos, que não se importam em misturar colares e correntes em diferentes materiais, que levantam o sempre básico visual masculino.
O termo “Bling Bling” veio do barulho dos colares dos rappers
O uso de joias por parte de rappers é uma das características importantes do movimento, que teve origem em dois termos: “Pimp” e” Bling Bling”. “Pimp”, uma gíria para cafetão, também acabou sendo uma imagem forte para os cantores de funk dos anos 1980, que se adornavam com enormes colares brilhantes, anéis e brincos de diamantes. É desse estilo que derivou o termo “bling bling”, o som dos colares batendo um nos outros.
Enquanto que para uma parte, acha que isto representa o grande sucesso que o funk alcançou, se tornando uma indústria bilionária, por outro, tem uma polêmica, dos que acreditam que a ostentação induz jovens a uma inversão de valores, numa sociedade em que o sucesso é medido pela quantidade de bens materiais que você possui.
Funk ostentação: o lado paulista da história
O gênero ostentação é considerado uma versão paulista do funk carioca, criado em 2008, onde o tema central é o modo como alcançaram maior poder aquisitivo. A primeira canção do estilo foi gravada pelos MCs Backdi e Bio G3 em setembro de 2008, intitulada “Bonde da Juju”, mas tem em Mc Guiné o seu maior representante, assim como a série de vídeos criados pelo KondZilla, inclusive o documentário Funk Ostentação: o filme, que conta a história recente do movimento.
A moda tudo pega, transforme e devolve
Se por um lado, as tribos vão se identificando entre si com suas gírias, roupas, e acessórios, a moda pega elementos de cada uma, coloca no liquidificador, mistura tudo, e devolve na forma que mais gente possa usar coisas que deram certo em escala menor.
O uso dos colares por homens não tem origem só no funk, como também no movimento hippie, em especial nas peças de couro, ou na inspiração religiosa, com crucifixos, entre outras.
Uma maneira que está em evidencia é misturar tudo-ao-mesmo-tempo-aqui-agora, de maneira displicente, sem se preocupar com combinações, e pode colocar diferentes materiais juntos, formando conjuntos únicos, que combinem com sua personalidade e estilo de vida. Ou fazer como Justin Bieber e usar uma única e grossa corrente.