Em entrevista ao Virgula Famosos, um dos melhores amigos da atriz Cibele Dorsa, que prefere não ser identificado, fala sobre a amizade entre eles, como ajudou a salvar a artista que sofreu um grave acidente de carro em 2008 e também como era a pessoa que cometeu suicídio no último dia 26 de março, ao se jogar do 7º andar de seu apartamento na cidade de São Paulo. “A Cibele era a minha melhor amiga. Ela era uma pessoa incrível. Risonha, piadista e brincalhona”, disse.
Triste com a morte da amiga, ele revela que achou estranho a postura da moça um dia antes de cometer suicídio. “A gente se falava por telefone todos os dias, mas na sexta-feira (25 de março), um dia antes dela morrer, a convidei para viajar comigo para Curitiba. Ela disse que não iria e ao desligar o telefone me disse que a gente se falava na próxima semana. Na mesma hora perguntei: ‘Como assim, sua maluca? Amanhã mesmo a gente se fala de novo. Vou te ligar’. Ela sorriu e desligou. No dia seguinte, ela morreu”, lembra.
Ao comentar sobre a carta deixada pela atriz para parentes e amigos, nossa fonte limitou-se a dizer. “A única coisa que posso afirmar é que tudo que estava escrito ali era verdadeiro. Sei de toda a história, mas não posso entrar em detalhes”, explicou.
Recentemente, o Twitter da artista voltou a postar mensagens mesmo após sua morte. Ao falar sobre o assunto, o amigo de Cibele disse apenas que soube que o microblog foi hackeado.
Antes de finalizar a entrevista, ele relembra e conta como ajudou a atriz a sair do carro depois de um acidente em junho de 2008. “A gente saiu de uma balada e fomos direto para a inauguração da Heaven [casa noturna em São Paulo]. Lá, ela encontrou com o Thiago (advogado e amigo de Dorsa). Ao voltarmos para a casa dela, já que meu carro estava lá, eu não deixei o Thiago dirigir o carro dele. Peguei a chave e fui eu mesmo dirigindo. Mas o carro dela, ele que quis voltar dirigindo. Ele correu muito, eu nem o acompanhei, mas ao sair do túnel [na Avenida Cidade Jardim] já vi o automóvel deles batido. Na mesma hora, parei meu carro e fui ajudá-los. Abri a porta do lado da Cibele e a coloquei no meu braço. No caso dele, tentei chamá-lo, mas ele não respondia, talvez já estivesse morto. Nisso, juntou uma galera em volta e chamamos a polícia. Demoraram um pouco para chegar. Quem a tirou de vez do carro fui eu. O bombeiro me disse que já que eu estava com ela em meus braços, ele só ia enfiar a prancha por baixo e eu mesmo a tiraria. O Thiago também ajudei a tirar, eles até tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu”.
Prestes a desligar o telefone, o amigo de Cibele Dorsa nos fez um único pedido. “Não falem mal dela. Ela era de verdade uma pessoa muito especial e querida”.
