Depois de virar best-seller no país com o livro de Bruna Surfistinha, O Doce Veneno do Escorpião, que trouxe uma proposta diferente em um diário real sobre a vida de uma garota de programa – Raquel Pacheco, o escritor da obra, Jorge Tarquini, que traduziu tudo para o público, se encontra novamente com ela para um segundo livro em conjunto.

O título provisório, Lições de uma vida nada fácil – O que aprendi com Bruna Surfistinha, por Raquel Pacheco, reúne histórias que relatam como foi para a garota voltar para vida civil e tudo o que ela conseguiu trazer da vida de prostituição para a vida de hoje.

Bruna Surfistinha, ou Raquel Pacheco, ficou muito tempo na mídia, mas sem a ajuda do jornalista Tarquini, talvez só os internautas que acessavam seu blog na internet a conheceria. Em entrevista ao Virgula, o escritor de O Doce Veneno do Escorpião contou como foi a experiência de relatar as histórias de uma garota de programa e o que acha do jornalismo de hoje.

Tarquini adianta que o livro nunca teve nada de pornografia. "As pessoas que imaginavam que o livro seria de sacanagem, um romance pornô. Quem foi com essa expectativa se decepcionou. Todo sexo que entra no livro entra porque tem que entrar, não tem nada gratuito".

Mesmo tendo feito um trabalho de qualidade e imparcial, o jornalista, que tem uma lista de trabalhos intermináveis e é muitíssimo respeitável, foi discriminado por alguns. “Eu fui chamado de prostituto da profissão, mas eu acho que qualquer trabalho é digno. Eu não sou menos digno porque não estou cobrindo o Mensalão. Alias, é o que eu falo, ela vendeu o que era dela, vendeu para quem quis comprar e não é ilegal. A Bruna é muito mais honrada do que muita gente que está no congresso. Talvez me sentisse muito pior entrevistando um sujeito corrupto".

Confira a entrevista na íntegra.


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Tarquini, jornalista que escreveu O Doce Veneno do Escorpião: 'Fui chamado de prostituto da profissão'