Ousada, cômica, trágica e roqueira. Esses adjetivos classificam bem a peça Um Homem Chamado Lee, que Preta Gil estréia nesta terça-feira em São Paulo. O sobrenome Lee não aparece no título por acaso, afinal, a razão da peça é a roqueira Rita Lee.

"É a história de um travesti que sonha em ser a maior roqueira do Brasil e sequestra a Rita Lee para tomar o lugar dela", resume Preta, que vive Ivanildo Pereira, o tal travesti que usa o codinome Linda Lee.

Na história, cujo roteiro foi escrito por Ricardo Pitta e Fábio Mendes, Ivanildo é fanático por Rita e seu fanatismo o leva a sequestrá-la. Para dar veracidade à peça, Rita emprestou alguns objetos pessoais como roupas e discos.

Ao Virgula, Preta Gil disse que foi muito difícil viver um travesti, pois geralmente as pessoas têm um preconceito muito grande e se esquecem de que ali também existe um ser humano.

O convite para que ela protagonizasse a peça foi feito por Ricardo. "Ele me ligou e disse que tinha um texto muito legal, perguntou se eu queria ler e aceitei na hora. Quando li, quase desisti pois tem muito texto e uma carga alta de dramaticidade", comenta Preta, que ensaiou a montagem durante 40 dias.

Além dela, uma banda toca ao vivo no palco, acompanhando Linda Lee em suas performances, ou covers de Rita.

Prevendo o sucesso do espetáculo, que Preta quer ver durante muito tempo em cartaz, um CD com as músicas da peça será lançado, e existe também o projeto de um DVD. "Seria uma realização", diz Preta, mas ainda não há nada certo.

Um Homem chamado Lee fica em cartaz durante todas as terças-feiras de agosto e setembro, no Teatro Folha, em São Paulo.


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Preta Gil diz que foi díficil dar vida a um travesti chamado Lee