João Lee, como o sobrenome entrega, é filho da roqueira Rita Lee com Roberto de Carvalho e irmão de Beto Lee e Antonio.
Porém, enquanto os pais e o irmão Beto dividem o palco cada um com sua guitarra, João, na sua pick up, preferiu seguir um caminho diferente: o da música eletrônica.
Seria ele então a ovelha negra da família Lee? Bem, a música certamente não foi escrita para ele, mas no atual contexto, a ‘classificação’ lhe cai bem. Não pense com isso que as diferenças musicais geram conflitos na família. Pelo contrário, geram parcerias.
Mesmo porque no gosto de João, o bom e velho rock figura entre os preferidos. Um exemplo é que para ouvir, João foi diretor ao indicar “qualquer disco dos Rolling Stones“. Ou melho, qualquer um dos 43 álbuns da banda inglesa mais irreverente e desencanada de regras e bom comportamento.
Formado por Mick Jagger, Keith Richards, Brian Jones, Bill Wyman e Charlie Watts, o grupo surgiu como uma opção frente ao bem-comportado quarteto dos Beatles. E lá se vão 40 anos de blues, baladas, músicas dançantes, rebeldia e diversão, ou seja, o melhor do rock’n’roll.
Já sobre um bom livro para deixar na cabeceira – e ler é claro -, João cita um clássico do colombiano Gabriel Garcia Márquez, 100 anos de solidão .
Escrito na década de 60 e publicado pela primeira vez em 1967, tornou-se um clássico da literatura latino-americana. Fala da trajetória da família Buendia até a 6ª geração. História de personagens que pertecem à mesma família, mas são tão distintos entre si.
Há um toque surreal na personalidade e no destino de cada um dos Buendia, que apesar das diferenças, tem uma característica em comum: a solidão. O livro deu o Prêmio Nobel de Literatura ao autor.
Matrix, a trilogia dos irmãos Wachowski conquistou fãs por todo o mundo, bateu recordes de bilheteria, levou quatro estatuetas do Oscar e é um dos preferidos de João Lee.
Na teoria, a destruição do mundo pelos humanos, a guerra entre o bem e o mal – quem não se lembra de Neo (Keanu Reeves) escolhendo entre as cápsulas azul e vermelha? – ação e até espaço para um romance.
No cinema, Matrix representa bem a mistura rock + eletrônica, estilos paralelos na vida de João.
