Para jornalistas e estudantes de jornalismo, o sobrenome Wainer não passa em branco. Que profissional da área não se recorda de Samuel Wainer, criador do jornal A Última Hora, que despontou na imprensa brasileira em meados da década de 50?
Pois bem. A história começa com Samuel e Danuza Leão, com quem o jornalista foi casado e teve três filhos, entre eles Pinky Wainer. Pinky, por sua vez, teve Rita Wainer, criadora da marca Theodora, grife paulistana que estreou na passarela principal do Fashion Rio há pouco mais de uma semana.
Se deu frio na barriga? Bem, ao Virgula, Rita disse que estréia nunca é natural, sempre dá nervoso, mas ao mesmo tempo, afirmou estar segura do seu trabalho. Um trabalho que ela acredita servir a todos os estilos.
E por que não estaria? Apesar de estreante na passarela principal do maior evento de moda do Rio, aos 28 anos, Rita já participou de três temporadas na Semana de Moda Casa de Criadores, criou o Fashion House no Rio, onde se reúne com outros estilistas durante um final de semana no Jardim Botânico e abriu sua segunda loja em São Paulo.
Curioso imaginar que Rita começou o curso de Artes Plásticas, talvez influenciada pela profissão da mãe, antes de entrar de cabeça no mundo da moda. “Eu sempre quis moda. Entrei nas Artes Plásticas meio por acaso, por aquelas maluquices que acontecem quando você está saindo da adolescência, e resolvi cursar. Mas sempre fazendo minhas roupinhas”, conta a estilista.
A marca Theodora nasceu há 4 anos em homenagem à gata de Rita, que tem 5 anos e o mesmo nome, mas reflete múltiplas personalidades. Nas palavras da própria Rita, “a marca sou eu, minha gata, minha equipe, nosso universo”.
A estréia não foi assim tão nervosa. Na passarela, a Theodora mostrou roupas muito femininas, estampas, um mix de referências. Destaque para o cenário, com camisetas estampadas presas a uma tela. No final do desfile, aplausos.
Agora, falando do ‘poder’ da sua profissão, principalmente depois de eventos como o Fashion Rio e a SPFW, o Virgula questionou Rita sobre a responsabilidade de saber que quando ela e outros estilistas mostram uma peça ou um novo visual, boa parte das mulheres segue a moda sem questionar. Sua resposta foi simples e direta: “Acho graça. Ninguém deveria fazer isso.”
Mas se ninguém fizesse, o que seria de nós sem esses badalados eventos de moda, dos belos e belas modelos e para onde iria tanta criatividade?