Boa viagem. Poucas pessoas ouviram tanto esta frase quanto Gabriel Moojen, que ficou à frente do Mochilão MTV Rock Estrada durante dois anos, e antes, já conhecia 20 países.

Jornalista, o gaúcho começou a carreira em Porto Alegre, cidade natal, onde escreveu um livro e trabalhou na RBS, afiliada da Globo no estado. Do sul para a MTV, na região sudeste do Brasil, foi um pulo.

Trabalhar com viagem (ou viajando), sempre foi um desejo de Gabriel. Se ele se sentia invejado no bom sentido, pelo público? Bem, para ele não era inveja e sim admiração por um trabalho legal, mas que também tem muitos contras. “Eu vivi viajando durante dois anos (pelo programa). É um sonho realizado. Depois de dois anos fora você perde as amizades, fica sem ter cidade nenhuma, fica meio perdido”, conta Gabriel.

Entre os momentos inesquecíveis, ele se recorda da viagem ao norte do país, em meados de 2005. “A pior (viagem) é a melhor. Fomos para Rondônia ficar no meio dos índios. E lá não tem comida, supermercado, pois os índios comem macacos. A gente tinha levado umas barrinhas de cereal, coisas assim, mas não ia comer macaco né”, relembra ele.

Com um sonho realizado, é hora de seguir em frente. Este ano ele retornou à Globo, desta vez no Rio de Janeiro, onde desde fevereiro é um dos roteiristas do Faustão. Mas não quer dizer que o público não vai mais vê-lo na frente das câmeras. “Estou fazendo várias coisas agora, como as oficinas dentro da Globo. Não sei quanto tempo vai durar isso… Daqui a pouco pode pintar outra coisa… Mas não é que eu nunca mais volto para frente das câmeras”, diz Gabriel.

Gabriel considera o novo trabalho “uma experiência e tanto. O Faustão é a pessoa que se comunica com mais gente no Brasil, e pra mim, entender, ver como funciona tudo isso é uma escola”.

Ligado em esportes, o torcedor do Grêmio vai passar pela primeira vez uma Copa do Mundo fora de casa. Entre suas grandes recordações de Copas do Mundo, está a do pentacampeonato brasileiro. “Quando o Brasil foi pentacampeão eu estava em Buenos Aires. Nas lojas tinha camiseta da Argentina e da Alemanha, todos torcendo contra. Foi bom ganhar a Copa estando na Argentina“, relembra. Ah, Gabriel discorda de uma escalação do técnico Parreira e engrossa o coro dos que levariam o atacante Nilmar para o mundial no lugar de Fred.

A Copa ele vai curtir no Rio de Janeiro mesmo. Mas Gabriel revelou que tem umas anotações guardadas e não abandonou a carreira de escritor. Para quem quiser conhecer o lado literário do viajante Gabriel Moojen, vale a pena ler Histórias Tatuadas, histórias narradas em primeira pessoa, sobre algumas experiências vividas pelo escritor.


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Exclusivo: O jornalista, viajante e escritor Gabriel Moojen