Uma história em que os sonhos contradizem a realidade, as condições geográficas e políticas ameaçam conter a vida, e o amor desempenha o papel de elemento transformador. Essa é a trama do filme de estréia do diretor João Falcão, A Máquina.

No longa, Antônio (Gustavo Falcão/Paulo Autran) encara a missão de trazer o mundo a Karina (Mariana Ximenes), cujo maior sonho é ser atriz. Para realizar o sonho da amada, Antonio viaja ao futuro, partindo da praça da cidade de Nordestina, que nem nome tem no mapa.

A Máquina é baseado no livro homônimo de Adriana Falcão, já adaptado para o teatro pelo próprio João. Lázaro Ramos, Wagner Moura, Vladimir Brichta e Gustavo Falcão, que participam do filme, também encenaram da peça.

Gustavo Falcão é o estreante entre tantos nomes conhecidos do grande público. Mas isso não intimidou o jovem ator. “Eu fiz exatamente este personagem no teatro, contracenando com o Wagner Moura, Vladimir Brichta, Lázaro Ramos. Eles são meus irmãos e é uma relação que transcende a esfera profissional. Com Mariana eu também já tinha trabalhado em um curta. E o Paulo Autran, foi uma das melhores experiências e surpresas da minha vida. Além de todo o talento ele é muito generoso. Dividir o papel com ele talvez seja, para mim, o grande entusiasmo deste filme”, diz o ator.

Mariana Ximenes, protagonista do filme ao lado de Gustavo, assistiu à peça quatro vezes e queria muito fazer o papel. Ao Virgula, a atriz disse que é uma história que queria contar ao público. Questionada se havia se identificado com a personagem, ela disse que não. O que houve foi uma identificação com a história do filme.

Para viver a nordestina Karina, Mariana passou por um extenso laboratório. “O meu personagem tem um sotaque forte. Em vez de escolher uma pessoa daquela região e fazer um estudo formal, eu fui para o sertão com o Gustavo, conviver com as pessoas e captar a alma nordestina. Eu pude vivenciar de verdade e não ficar presa a formalismos”, disse a atriz.

João Falcão, diretor do filme e da peça, estava bastante orgulhoso do trabalho. Sobre as duas formas de reproduzir o livro de Adriana Falcão, ele ressaltou as diferenças. “O livro tem uma literatura pura. É uma poesia contada na primeira pessoa, onde uma personagem conta as suas emoções. No teatro eu transformei isso em diálogos com a ajuda de quatro atores fabulosos para representar o mesmo personagem. No cinema você tem que transformar tudo isso em imagem, sem perder a poesia do texto. É lógico que usamos a música (aliás, Chico Buarque compôs uma música linda para o filme), mas o grande recurso e diferencial do cinema é a preocupação com a imagem“.

Curiosamente, o filme foi todo gravado em estúdio, o que aproxima as atuações das performances teatrais. Misturando musical, drama, romance e comédia, o filme estréia nesta sexta-feira nos cinemas de todo o país.

Veja as fotos da pré-estréia do filme no Rio de Janeiro.


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Exclusivo: A Máquina, com Mariana Ximenes, estréia nesta sexta

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