Há quase um mês na emissora de Sílvio Santos, Carlos Nascimento só tem motivos para comemorar. O Jornal do SBT – Edição da Noite é vice-líder no horário e vem, aos poucos, conquistando mais e mais telespectadores.
Em entrevista ao Virgula durante a festa de lançamento do programa Ídolos, o jornalista se disse surpreso com o resultado do novo jornal. “É a primeira vez que trabalho neste horário e a repercussão tem sido maior do que eu poderia imaginar”, disse Nascimento.
Entre as surpresas com relação ao público o jornalista contou duas histórias engraçadas, segundo ele. A primeira foi a de seu Batistinha, que dorme, coloca o despertador para assistir ao jornal e depois dorme de novo. A segunda sobre a mãe de uma colega que trabalha em outra emissora (mas não na TV aberta) no mesmo horário. Nascimento disse que ela assiste ao jornal do SBT em vez de assistir o da filha.
O novo horário não intimidou o veterano jornalista, que vê no jornal noturno uma maior liberdade editorial.
Para Nascimento “no jornal de fim de noite você tem mais tempo para pensar no texto e nos comentários. Você consegue refletir o que foi o dia. O jornal das oito é muito em cima da notícia. Sempre que você quer fazer uma coisa diferente acaba medindo se vale a pena, e dá uma notícia porque o outro jornal concorrente vai dar. Assim empobrecemos o jornal”.
E aproveitando que o SBT lança nesta quarta-feira o programa Ídolos, o jornalista atenta para a importância de diferenciar reality shows de programas jornalíticos. Não é o caso de Ídolos, mas a crítica de Nascimento é para as emissoras que apresentam esse tipo de programa como jornalístico.
“O que eu tenho visto muitas vezes na programação da televisão é misturarem as coisas. Muitas vezes até usam jornalistas para chamar atenção. O que é jornalismo é jornalismo, e o que é show, é show”, conclui o jornalista.
