Este é um ano cheio de desafios para Mariana Ximenes. Em 2006, além do longa A Máquina, a atriz estréia os filmes Gaijin 2 e Bela Noite Para Voar, baseado no livro homônimo de Pedro Rogério e dirigido por Zelito Viana.
Em Gaijin 2, de Tizuka Yamasaki, Mariana vive a alemã Weronika Müller. Segundo a atriz, é apenas uma participação. Na história, uma família de japoneses vem ao Brasil em busca de estabilidade financeira, mas é surpreendida pela economia instável do governo Collor. O filme estréia em agosto.
Já na história sobre Juscelino Kubitschek, ela vive Princesa, carioca amante do presidente bossa-nova. Para essa personagem, Mariana teve como uma de suas fontes Maria Lúcia Pedroso, que se envolveu com o presidente na vida real.
Sucesso na novela América no papel da rebelde Raíssa, Mariana se prepara para mostrar suas várias faces de atriz: veremos uma nordestina em busca do mundo, a carioca no cotidiano boêmio do Rio e uma imigrante alemã. Sem contar o atual papel na minissérie JK, onde vive a simples e ingênua Lilian Gonçalves.
Mas como Mariana consegue essa versatilidade, atuando em diferentes papéis quase ao mesmo tempo? Fazendo laboratórios, vivendo o dia-a-dia real da personagem que irá interpretar. Mas ela não sabe dizer qual foi, até hoje, seu papel mais difícil.
Cada filme é um processo, não dá para comparar. A Máquina foi um processo e no filme do JK a pessoa é viva. Interpretar alguém real é outra coisa. Acho que você tem que captar a alma da pessoa para poder transformar tudo em ficção e fazer um trabalho seu, autoral, senão você acaba apenas imitando a outra pessoa, diz Mariana.
Se não dá para comparar, certamente os papéis mudam alguma coisa na Mariana do dia-a-dia. Será que algum mexeu mais com ela?
É sempre um aprendizado, uma exercício diferente. A gente não sai impune do trabalho. A Máquina mexeu muito comigo. Díficil escolher, responde a atriz.
Mas ela deixa escapar que as atuações no filme O Invasor e na peça A Rosa Tatuada, de Tennessee Williams, mexeram muito com ela.
