Onze idéias. Onze diretores. Onze países. Onze minutos, nove segundos e um quadro. Nenhum desses números é obra do acaso. Na verdade, eles compõem uma obra que mostra onze versões e entendimentos diferentes sobre um mesmo assunto: o atentado às Torres Gêmeas nos Estados Unidos, ou o famoso 11/09.
11 de setembro é uma compilação de 11 curtas de diretores de países diferentes, com idéias e percepções únicas do que aconteceu em 2001. Egito, Israel, México, Japão, França, Reino Unido, Irã, Índia, Burkina Fasso, Bósnia-Herzegovina e Estados Unidos estão representados neste filme.
Diferente de todos os vídeos já produzidos sobre o atentado, este trabalho tem um ponto positivo que o destaca de qualquer outro: a diversidade e pluralidade. Não é apenas uma idéia, são onze. Umas boas, outras nem tanto, mas cada uma com a sua singularidade.
Um trabalho que vale a pena ser conferido para ampliar o conhecimento documentado sobre o assunto. Disponível em algumas locadoras, o vídeo não deixa a desejar na produção, música e fotografia, para nenhuma produção de Hollywood.
Para entender do que se trata, vale dar uma palhinha de um dos curtas e aguçar a curiosidade dos mais atentos a informação e, por que não, ao entretenimento de qualidade.
O representante dos Estados Unidos é o diretor Sean Penn. Ao contrário do que muitos possam pensar, ele não faz uma apologia ao patriotismo americano, defendendo seus compatriotas e deixando de lado as questões que envolvem o motivo do atentado.
Através de metáforas e uma fotografia tão bela quanto sufocante, Penn cria um cenário de perguntas para os espectadores e propõe que o fim do império do World Trade Center, talvez seja o início da luz de um povo que se esconde nas trevas de um poder burro e alienante. Ele não destrói nenhum dos povos que possam estar envolvidos na história, mas repugna a burrice intolerante. Ele convida a todas a sonhar com o nascimento de novas flores, que podem ser diferentes e nem por isso piores.