O PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira, decidiu e apontou Geraldo Alckmin como seu candidato à presidência nas próximas eleições.

A escolha surpreendeu muita gente, que esperava pelo nome de José Serra. Em entrevista exclusiva ao Virgulando, Boris Casoy apóia a decisão do partido e explica: “O Alckmin é um bom candidato. É novo, menos atacado, menos exposto”.

Inevitável conversar com o dono do bordão “Isso é uma vergonha” – destacada opinião crítica nos telejornais – e não perguntar sobre a Política nacional.

Boris ainda tem esperanças no país. Para ele, o Brasil está “condenado ao crescimento”, seja por suas riquezas, seja pelo povo. E esse crescimento se dá “nem que seja à noite, quando os políticos dormem”, afirma, ressaltando que, no meio de toda a corrupção, ainda há exceções.

Se a informação muda o Estado, se o futuro está nos jovens, ele declara: “Há os jovens e há os jovens. Há os que lêem e se informam. E há os que não tiveram oportunidades. O incentivo para que os jovens se interessem vem da escola”, diz, destacando a importância da Educação na consciência nacional.

Em 50 anos de carreira, Casoy tem guardadas na memória as notícias mais marcantes de sua vida: as mortes do presidente brasileiro Tancredo Neves e do norte-americano John F. Kennedy.

O jornalista comandava o Jornal da Record até o fim de 2005, quando teve seu contrato rescindido, 11 meses antes do prazo. A emissora pretendia unificar sua equipe jornalística e colocar o programa nos moldes do Jornal Nacional. Desde então, os ex-globais Celso Freitas e Adriana Araújo substituem Boris à frente do telejornal.

Na TV, a gente ainda sente falta do “Isso é uma vergonha”, tão clássico quanto o “Boa Noite e Boa Sorte” de Edward R. Morrow que, nos anos 50, levou ao público as táticas e mentiras utilizadas pelo senador norte-americano Joseph McCarthy na caçada aos supostos comunistas.

A versão cinematográfica da história, inclusive, é a recomendação do jornalista aos cinéfilos e interessados de plantão.


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Boris Casoy: Brasil cresce, ‘nem que seja quando os políticos dormem’

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