Na pele de Antenor, seu primeiro personagem em uma novela das 21h, o ator Caio Castro, de 23 anos, sentiu o peso da fama cair sobre sua cabeça. Flagras, assédio e fofocas são constantes e as cobranças o acompanharam durante todo o folhetim escrito por Aguinaldo Silva.
Uma delas veio através da polêmica declaração à revista Quem – “Antes pegador que veado” – que o fez ganhar fama de homofóbico em todo o Brasil. Porém, em declaração exclusiva ao Virgula Famosos, Caio garante que não é contra a comunidade LGBT.
Ao contrário. Ele diz que sua equipe é formada por homossexuais, tem vários amigos gays e que até toparia a interpretar uma travesti nas telas da Rede Globo. “Sou uma pessoa contra qualquer preconceito e não negarei qualquer personagem por causa de polêmica”, garantiu o ator.
Depois de três novelas seguidas, você declarou que assim que terminasse “Fina Estampa” queria rapidamente férias. Já começou a descansar?
Não, ainda não consegui descansar, nem começar as férias. Cheguei domingo aqui em São Paulo, estive na inauguração de um restaurante na segunda… A real é que ainda estou na função, ainda tenho que procurar uma casa em São Paulo, pois pretendo ficar um tempo aqui. Mas descansar, que é bom, nada.
Em “Fina”, Antenor foi anunciado como vilão, mas depois foi ficando bonzinho. Foi uma mudança que você esperava?
Acho que foi o rumo que a novela foi dando e eu acabei seguindo a história, a proposta do autor. Mas confesso que não era a minha intenção torná-lo bonzinho. Pessoalmente, eu gostava de entrar nessa faceta de vilãozinho, de ter muito atrito, eu gostava, achava desafiador.
Qual é a sensação de terminar a sua primeira novela das 21h?
Fechar o ciclo de um trabalho de nove meses consecutivos me deixou extremamente satisfeito. Gostei demais do resultado, do processo, acho que ultrapassou até o que eu mesmo esperava. Não somente por ter sido uma novela das 21h, mas o sentimento maior é de satisfação.
Sentiu uma cobrança maior por estar no horário nobre?
A exposição é maior, mas a cobrança em relação ao trabalho, no dia a dia, é mais pessoal. Eu comigo mesmo. Você se cobra muito por estar no horário nobre, sente uma pressão que na verdade ninguém faz. Mas é claro que a exposição aumenta sim.
A exposição aumenta e tudo o que você faz e diz acaba tendo uma proporção gigantesca. Pensou que fosse surtar em algum momento?
Não, pois as fofocas e as matérias que saem sobre mim não são o tipo de coisa que me interessam. Não procuro ver o que sai nesses sites de fofoca, nunca vi de ninguém, de nenhum outro artista, então também não vou querer ver de mim, sacou?
Mas a declaração “Prefiro ser pegador que veado” teve tanta repercussão que fez você se justificar. Acha que pegou mal?
É o sensacionalismo, cara, querem fazer, vender notícia. Eu falei numa boa. E a repercussão foi desnecessária, além do mais vindo de mim, de uma pessoa que é contra qualquer tipo de preconceito. Nossa, ser contra a homofobia, ser contra o preconceito contra gays é comigo. Metade da minha equipe é formada por homossexuais, então foi infeliz da parte deles, de quem escreveu.
Mas você falou isso, mesmo?
Fui eu que falei isso. O lado negativo foi falar que eu sou homofóbico por ter dito. Me expliquei no Twitter e acho já está esclarecido. As pessoas me entenderam, entenderam a frase e entenderam que eu não tenho preconceito contra homossexuais. Os gays são meus amigos.
Você interpretaria um personagem gay?
Sem dúvida nenhuma.
Interpretaria uma personagem travesti?
Sem dúvida nenhuma. Acho que seria um desafio como qualquer outro personagem com uma carga dramática puxada e uma realidade que não é a minha, claro. Mas faria sim. Estou aí para tudo, não negarei nenhum tipo de personagem por causa de qualquer polêmica.
Veja a entrevista completa clicando aqui.