Patrícia Kogut publicou, nesta segunda-feira (08), em seu blog, no site do jornal O Globo, uma crítica à declaração que Aguinaldo Silva fez para a revista O Globo. “A novela da 21h anda muito próxima da perversão. Os personagens são tão extremos que as pessoas não se identificam”, declarou Aguinaldo na entrevista. No entanto, a jornalista publicou no final de seu texto: “Proponho a Aguinaldo um exercício: tente fazer, de memória, uma lista dos tipos ‘de bom coração’. Aposto que ficará curta. Já dos malvados — os bons malvados — ninguém se esquece”.
O autor parece não ter gostado do que leu e rebateu a crítica em seu Twitter, nesta segunda-feira (08): “Vou dizer a vocês o que torna o vilão um pervertido: é quando ele pratica todo tipo de maldades sem ter uma causa que as justifique. Pois, assim como os heróis da novela, os bons vilões têm uma causa que precisam levar a bom termo”.
Depois de explicar algumas de suas vilãs, ele continuou: “O vilão de Insensato Coração no começo tinha até um motivo: provar ao pai que não era tão ruim quanto ele achava. Um dia minha empregada disse: se ele quer provar ao pai que não é ruim, então por que faz tantas maldades? Ou seja, sua causa era duvidosa. É isso que eu chamo de perversão nas novelas atuais, o fato de que os autores deixam seus vilões fazerem maldades gratuitamente, sem motivo”.
Para finalizar a resposta, Aguinaldo postou uma provocação: “É por que o público gosta disso? Acho essa tese discutível. O público gosta do gênero e o vê mesmo que seja pra dizer: que novela horrível! E agora que fiz o exercício de (boa) dramaturgia que Kogut me propôs, vou propor a ela um exercício de (bom) jornalismo. Será que eu devo?”.
