Siouxsie Sioux, mito vivo do punk e do pós-punk


Créditos: Reprodução/Facebook

Ícone de urbanidade, imagem emblemática dos punks e góticos, Siouxsie Sioux segue, mesmo morando em uma casa de campo no interior da França, instigando seus fãs e críticos de música sobre uma possível volta com sua banda The Banshees. Nesta terça-feira (27), quando completa 57 anos, a roqueira continua em silêncio sobre o assunto apesar de, no final do ano passado, o baixista Steven Severin escrever no Twitter que: “depois de um hiato de quase décadas, os Banshees estão se falando de novo… A briga acabou”.

Bastou este pequeno tuíte para a imprensa de música na Inglaterra começar a especular sobre a volta de uma das bandas seminais do pós-punk. Ao participar de um evento, no final do ano passado, contra a produção foie gras, a cantora até foi perguntada sobre o assunto, mas desconversou. O interesse é grande, até mesmo porque Siouxsie, em carreira solo, faz aparições esporádicas e pontuais, mas sempre cheia de expectativas.

Foi assim em junho do ano passado, quando ela, depois de cinco anos ausentes dos palcos ingleses, se apresentou em Londres, a convite de Yoko Ono, no Festival Meltdown, no Southbank Centre, com ingressos esgotados (um dia depois de iniciadas as vendas) para suas duas apresentações. Este jornalista, que esteve presente ao primeiro show na apresentação londrina, presenciou uma horda de fãs vestidos de negros, com maquiagens pesadas indo à loucura a cada música que Siouxsie apresentava com sua voz de contralto originalíssima.

Com as apresentações elogiadas pela imprensa, Siouxsie se apresentou sem seu marido, o ex-baterista do Banshees, Budgie, mas a crítica ficou seduzida pro ela. O The Guardian escreveu sobre o show: “Siouxsie, imperiosa como uma dominatrix, deixa todo mundo a querendo”.

Esta energia sexual sempre esteve presente. Quando, nos anos 70, era uma Bromley Contingent, o grupo de jovens fãs e seguidores do Sex Pistols (também participavam da trupe Steve Severin, Billy Idol, entre outros), ela foi junto com a banda no programa de TV de Bill Grundy, em dezembro de 1976. O apresentador resolveu dar uma cantada nela ao vivo e o guitarrista dos Sex Pistols, Steve Jones, soltou uma série de palavrões que tornaram a entrevista célebre e a banda conhecida, mesmo que odiada pelo grande público. Quer dizer, Siouxsie tem sua participação na divulgação da banda que ficou conhecida como a imagem do punk.

Veja o vídeo, Siouxsie é a loira da direita:

Com os Banshees, ela formou sua banda mais famosa, e até 1996. Severin, seu amigo do Bromley Contingent, assim como Budgie, seu futuro marido, são os membros permanentes, mas também passaram pela banda Sid Vicious e Robert Smith.

Veja Robert Smith na guitarra em show histórico da banda no Royal Abert Hall, em Londres, em 1983, para o álbum ao vivo Nocturne:

Sempre em uma atitude cool e punk, Siouxsie está nem um pouco preocupada em ficar em destaque na mídia, acredita apenas em seu trabalho, como já declarou em entrevistas, e isto a fez ser uma influência declarada de bandas como U2, The Smiths e até os jovens do Basement Jaxx a chamarem para ser o vocal de um de seus sucessos: Cish Cash.

Aos 57 anos, a Mulher-Gato da cena punk e pós-punk parece longe de envelhecer e influenciar bandas, atitudes e comportamentos, mesmo em seu silêncio. E a pergunta continua: será que veremos os Bashees reunidos de novo? Seus olhos de gata nunca deixam nada claro.


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Afastada da mídia, a rainha dos punks, Siouxsie Sioux, desconversa sobre volta dos Banshees

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