Alguns poucos negros famosos
Quando Lázaro Ramos virou galã de novela, em Insensato Coração, aconteceu uma celeuma. “Não dava para crer que aquele cara é o garanhão, como já foi o José Meyer”, diziam alguns alegando que ele é feio, mas no fundo a questão é que ele é negro. Infelizmente, nessa sexta (13), comemora-se dia da Abolição da Escravatura no Brasil, o último país das Américas a libertar os escravos negros das senzalas. Mas será que eles são realmente livres?
“Ninguém quer ser negro no Brasil, esse é o problema. O país tem uma série de preconceitos, dentre eles o racial, que é muito incômodo. Todo mundo diz que tem um avô negro, mas na hora ‘h’…”, diz o ator e militante negro Milton Gonçalves. “Essa questão é profunda. Está na alma escravista brasileira, na disputa de pedacinho de pão, de coisas mínimas. A única salvação, e isso vai demorar, é e-du-ca-ção para todos”.
A polêmica das cotas para negros nas universidades sempre recebe a cínica crítica que “eles [os afrodescendentes] estão querendo tirar vantagem”. Mas contem quantos negros tem numa universdade do porte da USP (pública e com nível) e depois voltamos a discutir a questão e quem tem vantagem nessa história.
Poucos são so negros também que ficam famosos. Temos exemplos grandiosos como o Pelé, alguns atores, alguns músicos, alguns artistas. Fazendo essa contagem é fácil entender que num país de maioria negra, ainda falta muito para acontecer uma verdadeira abolição para os negros. que venham mais oportunidades para eles!