Em entrevista à revista Época, que chega às bancas neste sábado (25), o ator Reynaldo Gianecchini falou sobre seu tratamento contra o câncer.

A operação de medula para mim foi um renascimento. Meu transplante é um pouco menos cabeludo do que os que se fazem com a medula de outra pessoa, quando pode rolar uma rejeição. Eu super me aceitei (risos). Meu transplante foi nada mais que uma quimioterapia muito pesada. Eu sabia que seria duro, mas não tinha noção. É uma quimioterapia que mata sua medula, aí você toma suas células de novo, as que foram salvas e são sadias. E essas células vão se reproduzindo para formar uma nova medula. Foi o único momento de meu tratamento em que eu pensei, caramba, será que aguento isso? É muito penoso. Seu corpo inteiro, por dentro, fica em carne viva. Não para nada dentro. Você come, vomita, tem diarreia. Comer ainda está uma briga, porque eu não tenho apetite”, explicou.

Para a publicação, o galã contou que procurou se informar ao máximo sobre a doença. “Soube que era uma doença muito agressiva, mas que tinha um elemento positivo. Como ela é muito agressiva e sou muito jovem, podia entrar com um tratamento superagressivo e bater de frente. Com tumores menos agressivos, às vezes o tratamento pode durar a vida inteira. No meu caso, eu poderia receber uma quimioterapia muito forte, porque meu corpo conseguiria combater. A doença chegou com tudo, mas o remédio iria também com tudo. Um campo de batalha feroz, um tratamento muito intensivo, mas falei: ‘Vamos lá!'”, afirmou.

Ao ser questionado sobre os rumores de ser HIV positivo, o artista disse que não poderia fazer o tratamento agressivo que fez contra o câncer caso tivesse aids.

Quando procurei o infectologista por causa da dor na garganta e dos gânglios, logo se espalhou o boato: O cara tem HIV. Nunca desmenti nada. Porque eu ficaria eternamente nesse jogo. Mas agora acho melhor falar, até por respeito às pessoas que gostam de mim e nem comentam comigo. Eu não poderia jamais fazer o tratamento agressivo que fiz se tivesse aids. Primeiro chequei todos os vírus, todas as bactérias, para depois chegar ao câncer. Por isso posso dizer com toda a alegria do meu coração para quem se preocupa realmente comigo: ‘Eu não tenho aids’. Poderia mostrar um exame aqui, mas não é o caso. Já fui invadido com tantas mentiras absolutamente infundadas”, desabafou.


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"A operação de medula para mim foi um renascimento", diz Reynaldo Gianecchini

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