O Governo do Zimbábue concedeu folga a todos seus funcionários, incluindo os professores, para que possam acompanhar o amistoso da seleção do país contra o Brasil no Estádio Nacional de Harare, nesta quarta-feira.
A visita do time brasileiro é um acontecimento nacional e espera-se que o estádio, com capacidade para 60 mil espectadores, esteja com capacidade esgotada, apesar dos ingressos custarem US$ 10 em um país onde a renda mensal normalmente fica abaixo de US$ 100.
“Há um enorme interesse neste jogo, que oferece ao Zimbábue a oportunidade de se mostrar sob uma ótica positiva”, disse à imprensa oficial o ministro de Esportes, David Coltart.
Até a noite de terça-feira, 75% dos ingressos já tinham sido vendidos, segundo dados oficiais. A expectativa da federação é que todos sejam vendidos antes do jogo, que começa às 10h30 (pelo horário de Brasília).
A presença da equipe brasileira, que custará ao Zimbábue US$ 1,8 milhões, está sendo uma grande plataforma propagandista para o país africano, que espera melhorar sua imagem e atrair turistas após uma década de instabilidade econômica.
A seleção brasileira aterrissou na terça-feira em Harare, onde foi recebida por vários ministros, alguns jogadores da seleção do Zimbábue e torcedores que queriam ver ao vivo alguns jogadores que dificilmente voltarão a visitar o país.
O momento de maior empolgação foi quando Robinho e o capitão do Zimbábue, Benjano Mwaruwari, ex-companheiros no Manchester City, se abraçaram calorosamente.
“Nós levamos este jogo muito a sério. Os jogadores estavam trabalhando realmente duro (nos treinos) e esperamos conseguir uma vitória”, disse Mwaruwari.
Zimbábue ocupa apenas a 110ª posição do ranking da Fifa, e em seus últimos jogos venceu o Malauí 2 a 1, em amistoso disputado em Harare em março, e perdeu por 3 a 0 para a África do Sul e 6 a 0 para a Síria, em dois jogos realizados em janeiro.