O ex-jogador francês Zinédine Zidane reconheceu que cobrou “muito dinheiro” para apoiar a candidatura do Catar para sede da Copa do Mundo de 2022 e assegurou que destinará a renda a projetos beneficentes através de sua fundação.

“Falam de dez, 11, 12, 13 milhões de euros… Vou dizer claramente: é uma loucura. Não é nem um quarto desses valores”, disse em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal “L’Équipe”.

O ex-capitão da seleção francesa, que chegou a ser acusado pela imprensa de “prostituição” por seu apoio ao rico emirado do Golfo Pérsico, declarou que não pode revelar o montante exato da operação devido a uma cláusula de confidencialidade, mas admitiu que se trata de “muito dinheiro”.

Essa soma “será distribuída pela Fundação Zidane”, disse. “Não fiz por dinheiro”, explicou o ex-jogador, que comentou que tinha uma dívida pendente com o emirado, já que rejeitou um cheque em branco para terminar no local sua carreira, e queria ajudá-los algum dia com algum “projeto benéfico para o futuro do esporte e do futebol”.

Por outro lado, na entrevista concedida ao “L’Équipe”, o ex-meia do Real Madrid assegurou que está cansado de precisar justificar seu cargo atual no clube como assessor e insistiu que não se trata de um “emprego fictício”.

“Estou todos os dias nos treinos, todos os dias com o treinador, com o pessoal, tenho meu escritório”, explicou o ex-jogador, que acrescentou que sua incumbência é olhar, analisar e falar com o técnico do Real Madrid, José Mourinho, para contribuir com “outro olhar”, além de viajar com a equipe na Liga dos Campeões.

O campeão do Mundo de 1998 explicou que não palpita em nenhum assunto que não esteja relacionado com o futebol e que guarda suas opiniões pessoais para os amigos e a família.


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Zidane reconhece que cobrou "muito dinheiro" para apoiar Mundial no Catar

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