Alguns jogadores culpam a falta de gols no atual Mundial às vuvuzelas, que impedem a concentração das equipes, e outros a escorregadia bola Jabulani; ambos produtos “made in China”, país do qual procede grande parte dos objetos plásticos vendidos no mundo.
A Jabulani é fabricada pela alemã Adidas em fábricas chinesas, embora a matéria-prima essencial, o látex, provenha da Índia.
Outro território próximo, Taiwan, também fornece alguns dos materiais plásticos da polêmica bola. Mas a maior parte dos produtos é originária da China, como a tinta usada na decoração.
Jogadores como o espanhol Xavi Hernández e o brasileiro Luís Fabiano se queixaram das estranhas trajetorias da Jabulani, que alguns comparam a “bola de praia”.
Não foram tantos, mas alguns jogadores, como o francês Evra, culpam às vuvuzelas, as trompetas que soam nos estádios sul-africanos desde o início do jogo até o apito final, e que segundo o lateral francês impedem os jogadores de se comunicarem entre si.
As vuvuzelas, que imitam o som dos elefantes, eram quando começaram a serem usadas, nos anos 70, de metal. Mas foi a partir da produção chinesa é que se tornaram populares há 20 anos.
Agora são instrumentos ao alcance do bolso de qualquer cidadão, dai a onipresença no Mundial, com centenas ou milhares de torcedores soprando ao mesmo tempo.
A estreia de cada uma das 32 seleções do Mundial somou 25 gols em 16 encontros, um gol e meio por jogo, média inferior inclusive ao cálculo final no Mundial de 90 da Itália (2,21 por partida), lembrado pela menor média de gols em mundiais.