Tida como a Superliga mais disputada da história, o campeonato deste ano pode ter ganhado um capítulo lamentável. Segundo o Vôlei Futuro, o jogador Michael teria sido alvo de homofobia por parte da torcida do Sada/Cruzeiro no primeiro jogo da semifinal.
“Tratando-se da torcida do Sada Cruzeiro, esta atuou de maneira feroz e preconceituosa, mostrando ódio, aversão e discriminação a um dos atletas do Vôlei Futuro, deixando claro o manifesto de homofobia dentro do Ginásio. O coro era de forma organizada, crianças, homens e mulheres se juntaram para cometer o tremendo desrespeito e discriminação com o atleta Michael”, afirmou o clube de Araçatuba em nota oficial.
As ocorrências foram encaminhadas pelo Vôlei Futuro para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).
“No jogo em Contagem eram cerca de duas mil pessoas, o ginásio estava super lotado e todos me chamando de “bicha”, “gay” e outras ofensas. Me senti ofendido e constrangido pelo ocorrido; não eram só alguns torcedores de torcida de futebol, eram crianças, mulheres, o ginásio inteiro gritando e me ofendendo”, disse Michael.
“Acho que este tipo de acontecimento não deve passar em branco, realmente me fez muito mal, acho que deve ser divulgado e discutido para que isso não ocorra com mais ninguém”, completou o atleta.
Também em nota oficial, o Sada/Cruzeiro se defendeu das acusações feitas pelo time do interior paulista.
“Refutamos as acusações e suspeitamos que tais ‘denúncias’ sejam uma nítida manobra no sentido de intimidar a nossa equipe e nossa torcida no jogo da volta em Araçatuba, no próximo sábado”, afirmou.
“Sobre a torcida, a equipe Sada Cruzeiro não incentiva e nem apoia atos considerados como preconceituosos. Ao contrário, sempre pede que todos sejam tratados com respeito”, completou o clube mineiro.