Este último fim de semana, o site do jornal The Sun deu a notícia que um grupo de ricos empresários árabes quer comprar o Arsenal, um dos grandes do futebol da Inglaterra mas que não vive bom momento. Se fechado este negócio, será mais um no cenário europeu em que clubes, tenham tradição ou não, veem-se cercados de dívidas e a luz no fim do túnel acaba sendo a venda, total ou parcial, de suas ações.

O Manchester City viveu décadas no ostracismo e reergueu-se só recentemente, culminando com o título da Premier League da temporada passada. A última vez que os citizens haviam levado o campeonato nacional foi na temporada 1967/1968 e, de lá para cá, iam e voltavam de divisões. O City, então, foi comprado por uma empresa de investimentos que pertence ao Sheik Mansour, primeiro-ministro dos Emirados Árabes, e agora conta com jogadores de renome internacional.

Lá na Inglaterra, o primeiro a aderir esta moda foi o Chelsea, vendido ao milionário russo Roman Abramovich que saldou dívidas, reformulou o elenco e já foi vice em seu primeiro ano de “gestão”, em 2003/2004. Seguiram-se daí dois títulos de Premier League e a criação da base vencedora com Cech, Terry, Lampard e Drogba que foram campeões europeus na última temporada.

Com muito marketing envolvido, City e Chelsea caíram no gosto do público e são bastante populares fora da Inglaterra. Já na Alemanha a história é completamente diferente. Times “vendidos” são malvistos pelos alemães. Exemplo maior disso é o Hoffenheim que, fundado em 1899, só chegou à primeira divisão em 2007/2008, quando recebeu injeções cavalares de dinheiro da gigante mundial de softwares, a SAP. Até um clube mais tradicional por lá, o Wolfsburg, não é muito celebrado, já que é mantido pela montadora de veículos Volkswagen. Alemão gosta de raça, esforço e trabalho – não de “dinheiro fácil”.

O Paris Saint-Germain, temos que lembrar, é o mais novo rico da Europa. O clube do parque dos príncipes teve 70% de suas ações compradas por uma empresa de investimentos do Qatar, que já agiu e, além das estrelas Lucas e Ibrahimovic, levou mais recentemente à capital francesa o astro David Beckham e jogadores que despontaram no cenário europeu, como Lavezzi, Pastore e Thiago Silva.

Outro clube assediado por qataris foi o espanhol Málaga, comprado por outro sheik árabe. O negócio foi fechado no meio de 2010 com a proposta de “simplesmente” ofuscar o brilho dos gigantes Real Madrid e Barcelona. O time andaluz atualmente está na Liga dos Campeões pela primeira vez em sua história e, na primeira fase, foi o líder do grupo que tinha o tradicionalíssimo Milan (que ficou em segundo) e um outro milionário, o russo Zenit, que em 2007/2008 venceu a Liga Europa e ainda faturou a Supercopa da Europa batendo o Manchester United.

 


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Venda de clubes está se tornando a solução do sucesso na Europa

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