Após a decisão do COI de abrir os Jogos Olímpicos às redes sociais, Londres 2012 representou a consolidação do modelo, com o auge do Twitter, Facebook e WhatsApp – aplicativo de mensagens instantâneas.
Foram produzidas quase 44 milhões de mensagens com a temática olímpica no Twitter, segundo dados oferecidos pela empresa ‘Mass Relevance’.
O micro blog bateu duas vezes seu recorde de mensagens, ambas com Usain Bolt como protagonista, uma após a final de 100 metros e a outra depois que o jamaicano triunfou na prova dos 200 metros.
O Twitter publicou um alerta depois que Bolt ganhou os 200m rasos na última quinta-feira (9), às 16h55 (hora de Brasília): “@usainbolt bateu um novo recorde com mais de 80 mil menções por minuto após sua vitória na prova”. Após a final dos 100 metros, as menções sobre a vitória de Bolt tinham alcançado as 74 mil por minuto.
Mas Bolt não é o campeão dos Jogos sociais. A vitória é do americano Michael Phelps, que decidiu pôr um ponto final a sua carreira após conseguir 22 medalhas nos Jogos Olímpicos.
O nadador de Baltimore ganhou mais de 930 mil seguidores nos Jogos, mais que qualquer outro esportista. O tweet que mereceu mais menções foi quando finalizou uma das sessões no Centro Aquático e recebeu uma ligação telefônica do presidente americano Barack Obama. Phelps a publicou na rede.
A tenista americana Serena Williams e a ginasta Gabby Douglas são, após Bolt e Phelps, as que mais menções receberam na segunda semana dos Jogos.
A britânica Jessica Ennis, campeã olímpica de heptatlo, é a primeira local na lista, à frente do sul-africano Oscar Pistorius, e dos conterrâneos Andy Murray e Mo Farah.
Os Estados Unidos lideram as citações na classificação das mídias sociais, seguidos pela Grã-Bretanha. A China é terceira, à frente da Austrália, Japão, Rússia, França, Alemanha, Coreia do Sul e Itália.
Outro produto digital que teve destaque nos Jogos foi o WhatsApp. Essa aplicação, cada vez mais indispensável em todos os telefones de última geração, pôs um fim no reinado das mensagens (SMS).
A empresa ‘WhatsApp’, com sede no Vale do Silício, anunciou em abril deste ano que seus usuários manejam até 2 bilhões de mensagens diárias, praticamente duas vezes mais que no semestre anterior.
Muitos dos esportistas admitiram o uso desta aplicação para se comunicar com o exterior, embora as restrições de segurança do Locog impedissem o uso de redes “wireless” nas instalações, atendendo a questões de segurança.
Em uma cidade na qual o transporte, a comida e os bens imóveis alcançam preços proibitivos, por uma quantidade muito acessível (entre 15 e 20 libras mensais – entre R$ 47 e 63) se pode dispor de uma conexão 3G com possibilidade de dados e voz.
O impacto das redes sociais no movimento olímpico é definitivo. Ficaram para trás as restrições de Pequim, quando o COI, amparado na idiossincrasia do país asiático e na necessidade de se preservar a informação, pôs em prática uma política muito restritiva.
Além disso, as novas redes 4G, muitas mais rápidas, a criação de novos protocolos em redes fixas e sem fio e a possibilidade de se publicar de telefones cada vez mais potentes e com mais aplicações abre um mundo novo, novas perspectivas para os próximos Jogos no Rio em 2016.