Um ano após os atentados na maratona de Boston, Meb Keflezighi venceu nesta segunda-feira a 118ª edição da corrida e quebrou um tabu de 21 anos ao se tornar o primeiro americano a subir ao lugar mais alto do pódio desde que Greg Meyer faturou a prova em 1983.
Keflezighi, que nasceu na Eritréia e tem 38 anos, terminou a corrida em 2h08m37, a segunda melhor marca de um americano na história desta prova.
A vitória de hoje não foi fácil. Nos quilômetros finais, ele precisou suportar a pressão do queniano Wilson Chebet, que ficou com a medalha de prata, chegando 11 segundos atrás do campeão. Com o bronze ficou o também queniano Frankline Chepwony, com o tempo de 2h08s50.
Keflezighi tem no currículo uma medalha olímpica de prata, conquistada em Atenas 2004, quando ultrapassou o então líder Vanderlei Cordeiro de Lima após este ter sido bloqueado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan faltando sete quilômetros para o fim da prova. O brasileiro ficou com o bronze, e o italiano Stefano Baldini ganhou o ouro.
Nesta segunda, na disputa feminina em Boston, a vitória foi da queniana Rita Jeptoo, que quebrou o recorde da prova ao completar o percurso em 2h18m57. Este foi o terceiro título da maratonista campeã em 2006 e 2013. Atrás dela ficaram as etíopes Buzunesh Deba e Mare Dibaba, que tiveram os tempos de 2h19min59 e 2h20min35, respectivamente.
Já Adriana Aparecida da Silva, única representante do Brasil na disputa, terminou na 16ª colocação. A maratona deste ano também foi marcada pela forte segurança e pela lembrança dos atentados de 2013, que deixaram três mortos e centenas de feridos e mutilados.
Durante a semana passada, a cidade se vestiu de gala para homenagear as vítimas e os que ajudaram no socorro a elas, e mostrar que Boston se recuperou do pior atentado acontecido nos Estados Unidos desde os de 11 de setembro de 2001.
A maratona contou com 36 mil corredores, que carregaram o novo lema da cidade após os ataques: “Boston Strong” (Boston Forte, em português).