O técnico do espanhol Rafael Nadal, Toni Nadal, que também é tio do tenista, admitiu nesta terça-feira que o sobrinho vem tendo problemas nos confrontos com o sérvio Novak Djokovic, para quem foi derrotado nos últimos sete confrontos, mas destacou que a maior preocupação é conquistar títulos, independentemente dos adversários.
“Se me dissessem ‘vocês vão perder mais dez vezes para Djokovic e ganhar quatro torneios de Grand Slam’, eu diria ‘pode colocar aí, que eu assino imediatamente'”, declarou Toni.
“O que se quer é levantar o troféu. Evidentemente ganhar de Djokovic seria um passo importante nestes momentos. Um passo depois das dificuldades que tivemos. Mas para nós o mais importante é jogar bem e vencer os torneios”, completou.
O técnico, que não estará presente no torneio de Indian Wells, na próxima semana, revelou ainda que Rafael Nadal participará do confronto de quartas de final da Copa Davis, contra a Áustria, caso esteja em condições. No ano passado, após a conquista do título, o tenista de 25 anos disse que não integraria a equipe para se focar na preparação para os Jogos Olímpicos de Londres.
“Dependerá basicamente que Rafa esteja em condições de jogar. Teremos que ver como ele estará após disputar os torneios de Indian Wells e Miami. Evidentemente, se fisicamente estiver bem, há muitas chances de que ele jogue”, explicou o treinador, que destacou a importância dada pelo atleta aos Jogos, mesmo depois de ter vencido a edição de 2008 do torneio.
“Para ele, foi especial ter jogado em Pequim. Agora, ele quer tentar fazer algo grande nesta competição”, disse Toni, que acrescentou que o sobrinho é um dos que merecem ser porta-bandeira da Espanha em Londres.
O treinador reconheceu ainda que Rafael Nadal está incomodado com o fato de ter conquistado “apenas” um título de Grand Slam em 2011 e de ter perdido o posto de número 1, depois de ter vencido três dos principais torneios na temporada anterior.
“Todos os que enfrentam alguma dificuldade têm um pouco de medo. Acho que a diferença entre uns e outros é que alguns o superam e outros, não. Todo mundo, ou quase todo mundo, fica nervoso diante de um desafio. Se a pessoa é responsável, um pouco de medo ou de nervosismo aparece. No final, ela se acostuma a conviver com esses medos”, finalizou.
