Quatro integrantes de uma torcida organizada do River Plate foram processados por ameaçarem o árbitro Sergio Pezzota após a partida de volta da ‘Promoción’, contra o Belgrano, em junho deste ano, que determinou a queda da equipe de Buenos Aires para a segunda divisão.
As informações são do juiz Rodolfo Cresseri, que disse também que por enquanto não há provas para processar outros dez acusados como co-autores ou cúmplices das ameaças, entre eles um diretor do clube.
Martín Araujo e Héctor Godoy, líderes de uma das torcidas organizadas mais violentas do River, conhecida como “Los borrachos del tablón” (“Os bêbados da vez”) e outros dois membros foram processados por ameaças coativas a Pezzota durante o intervalo do jogo do dia 26 de junho, disputado no Monumental de Nuñez.
A investigação acontece por conta de uma denúncia do árbitro, que afirmou que os vândalos foram a seu vestuário para exigir que ele favorecesse o River, e o ameaçaram, com a suposta cumplicidade de diretores do clube e de policiais.
Néstor Morelli, representante da direção do River Plate, os responsáveis pela segurança do clube e dois policiais ficaram fora das atuações por falta de provas.
As diligências incluem um vídeo gravado por câmeras de segurança que mostra os vândalos se dirigindo sem nenhum empecilho para o vestuário de Pezzota, que teve que ser protegido por policiais após o jogo.
Depois da partida, vários torcedores protagonizaram cenas de violência no Monumental. Com isso, a Associação do Futebol Argentino (AFA) determinou a perda do mando de campo do River nas cinco primeiras rodadas da segunda divisão, punição que foi cumprida no último sábado.