Torcedores do Fenerbahçe entraram em confronto com policiais nesta madrugada em Istambul após a Justiça da Turquia negar habeas corpus ao presidente do clube, Aziz Yildirim, acusado de compra de partidas do futebol do país.
Os confrontos começaram após o anúncio da decisão judicial, que desagradou os mais de 5 mil torcedores que se aglomeravam em frente ao Palácio de Justiça de Caglayan gritando palavras de apoio ao presidente do clube.
Os policiais tiveram de usar gás lacrimogêneo e jatos de água para tentar dispersar o protesto, enquanto os torcedores responderam com o lançamento de garrafas.
O tribunal, por outro lado, concedeu liberdade a outros sete acusados, do total de 23 réus que permaneciam presos por suspeita de envolvimento em uma rede de compra de partidas do futebol turco. A audiência começou na sexta-feira e se estendeu pela madrugada deste sábado. Todos os acusados que permanecem presos negam as acusações.
Além de Yildirim, que está em prisão preventiva desde julho passado, as investigações envolvem outros importantes dirigentes do Fenerbahçe, clube mais popular da Turquia, assim como vários ex-jogadores do país.
Durante o julgamento, Yildirim insinuou que o esquema de compra de partidas também atingiu equipes rivais, como o Galatasaray e o Trabzonspor, até agora considerados “limpos”.
As acusações obrigaram a Federação de Futebol Turco a vetar a participação do Fenerbahçe na Liga dos Campeões. O time foi substituído pelo Trabzonspor.
