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Ganhar uma partida de futebol, ainda mais diante de um rival, é uma das sensações que o torcedor mais aguarda durante o ano. Quando chegam as semanas de clássicos no Brasileirão é sempre assim: quando ocorre o apito final, todos sabem que uns vão comemorar, enquantos os outros terão de aguentar as gozações durante um bom tempo. Corinthians e Palmeiras, São Paulo e Santos, Flamengo e Vasco, Grenal, Cruzeiro e Atlético…, não importa. Clássico é clássico. E vice-versa. E para ser um grande clássico, não é necessário que clubes grande sestejam envolvidos. Mas e aqueles clássicos que acontecem fora dos grandes centros do futebol brasileiro? Não têm histórias, dados, estatísticas e rivalidade entre os torcedores? Claro que sim. Ess es, talvez, sejam os clubes que contam com maior fanatismo quando o assunto é uma partida contra o "inimigo" local, e exatamente, por uma simples questão geográfica: aonde não existe espaço para mais equipes de futebol surgirem, o confronto das agremiações já existentes se intensifica. Um mineiro, por exemplo, diria que o maior confronto do Estado é Cruzeiro e Atético. Correto? Para quem já esteve na cidade de Patos de Minas e acompanhou um Mamoré e URT, a afirmação vai parecer piada. O zagueiro Bruno Souza, de 27 anos e que já encerrou sua carreira de atleta profissional por motivos pessoais, compartilha desta opinião. "Eu jogava no São Paulo na época do Júlio Baptista, do Fábio Simplício. Fui contratado pelo Mamoré no período que o Rei Reinaldo (ídolo do Galo mineiro) era o treinador da equipe, em 1999. Em Patos de Minas, respira-se este clássico", afirmou Bruno, que disse que ao chegar na cidade, mal conhecia o clube que iria atuar pelos quatro meses seguintes, mas todos já sabiam de quem se tratava Bruno Souza, o "defensor que veio do São Paulo". Naquele ano, o Mamoré estava disputando um quadrangular preparatório para a Copa São Paulo. Um torneio a princípio sem importância, mas que contava com a participação da rival, URT. "Mesmo focando a preparação para a Copa São Paulo, era inadmissível para a torcida que perdessemos para a URT. A cidade se dividia em cores ( torcedores do Mamoré de verde e os da URT de azul) e a tensão, pelo menos para um dos dois lados, só acabava com a conquista de uma vitória", lembrou. E se o triunfo não ocorresse? " Você pode perceber que eu não jogo mais pelo Mamoré", disse Bruno, que naquele jogo cometeu um pênalti decisivo, que deu a vitória a URT. Que diga o futebol baiano. Não que o clássico Bavi (Bahia e Vitória) não seja conhecido do público que acompanha futebol no Brasil. Ele continua sendo tradicionalíssimo. Mas é que antes eram tantos jogos durante o ano, que a torcida baiana descostumou-se a não ver mais a rivalidade com tanta frequência, com o Bahia caindo de divisão e fazendo campanhas ruins no Campeonato Baiano nestes últimos anos. Nem o "poderoso" Ipitanga pintando como adversário para o Vitória conseguiu desbancar o posto de arqui-inimigo do Tricolor. Contudo, o desconhecimento (ou seria esquecimento?) é mesmo para quem está longe da "terra de todos os santos", porque lá, ainda, é como cá. Dia de clássico é dia sagrado. E coitado de quem desfilar nas ruas, em reduto adversário, vestido com as cores de seu time. Para se ter uma idéia do quão desconhecemos os clássicos do nosso futebol, você saberia dizer qual o clássico que foi mais vezes disputado no Brasil? Algum palpite plausível, pelo menos para quem acompanha o esporte de São Paulo, do Rio ou de algum cenário forte no país, envolveria clubes como Flamengo, Corinthians, Palmeiras ou Vasco. Mas não. Remo e Paysandu, o tradicional embate do Estado do Pará, é o campeão quando o tema é quantidade de jogos realizados. Dá para acreditar? <b>LEIA MAIS</b> <a target="_blank" href="http://www.virgula.me/esporte/novo/nota.php?ID=26049">Minas se divide: atleticano odeia cruzeirense e vice-versa </a><a target="_blank" href="http://www.virgula.me/v2">Novo discador V2. Navegue pela Internet e ganhe grana! </a><a target="_blank" href="http://www.baixahits.com.br">Baixa Hits. A mais completa loja de Música digital da Internet está há um clique daqui! </a></p>
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