O treinador Toni Nadal pediu nesta sexta-feira, em São Paulo, que a ATP “vigie um pouco mais a saúde dos jogadores e reconsidere as superfícies escolhidas para os torneios a fim de evitar lesões”.
“Eu acho que a ATP teria que reconsiderar onde são disputados os torneios”, disse o treinador de Rafael Nadal, que assegurou que seu sobrinho só voltará às quadras quando estiver 100%.
Em sua opinião, a temporada profissional de tênis tem muitas competições sobre quadra dura, algo que provoca mais lesões do que disputas em quadras deslizantes.
Para o treinador, o circuito “está cheio de exemplos” de tenistas de alto nível que apresentam lesões e acrescentou que “algo tem que mudar”.
Sobre o estado físico de Nadal, ausente dos torneios desde Wimbledon, onde abandonou por conta de uma lesão no joelho, Toni expressou sua confiança sobre a retomada dos treinos, mas evitou se pronunciar sobre uma data concreta para que seu sobrinho volte às quadras.
“Acredito que em dez ou 15 dias, possamos voltar a treinar de maneira suave”, disse. Para ele, a temporada se encontra na reta final e os dois torneios principais que ainda serão disputados, talvez exijam demais para um retorno após quatro meses parado.
“O que não vamos fazer é forçar para voltar a competir”, disse Toni Nadal, que acrescentou que o objetivo de seu sobrinho é retornar quando estiver totalmente recuperado.
O treinador disse que ser um bom jogador de tênis requer dedicação e esforço, mas considerou que é uma meta alcançável.
“Ser um super craque, ser um Messi ou um Federer é realmente difícil, mas ser um bom jogador de tênis é possível com muito esforço”, disse Toni Nadal, que reconheceu o mérito do trabalho de Nadal, mas descartou que se trate de um caso especial.
“Nadal não é um menino especial”, disse, acrescentando que seu sobrinho tem uma boa técnica, “embora rara”, e destacou como elementos que o diferenciam dos demais jogadores, acima de sua condição física, seu “grande coração” e a paixão que coloca em tudo que executa.
“Eu acho que tem muito coração. Ele tem a fé em correr, lutar e jogar cada ponto como se fosse o último”, disse.