Os jogadores do San Diego Loyal, time treinado e dirigido pelo ídolo do futebol estadunidense Landon Donovan, abandonaram a partida da última quarta-feira (30) em solidariedade ao companheiro de equipe Collin Martin.

PUBLICIDADE

Martin é homossexual e teria recebido uma ofensa homofóbica de Junior Flemmings, jogador da equipe adversária Phoenix Rising, no final do primeiro tempo. O caso fez Donavan entrar em campo e discutir com o árbitro e o técnico do Rising, Rich Schantz.

Um vídeo mostra o ex-craque da seleção dos Estados Unidos revoltado, afirmando que o ocorrido em campo “é homofobia!”

PUBLICIDADE

De acordo com o TMZ, o técnico exigia a expulsão do jogador acusado de ter proferido o xingamento. Mas ele não foi retirado pela arbitragem – que afirmou não saber o significado da gíria usada, por isso não poderia retirar o atleta de campo – e nem por Schantz. Então a equipe de Donavan se recusou a finalizar o jogo.

PUBLICIDADE

Ao retornar para o segundo tempo, o San Diego Loyal, que vencia de 3 x 1, ajoelhou-se em campo após o início da partida e em seguida se retirou, em apoio a Martin.

Confira como foi esse momento:

“Nossos jogadores, e é crédito deles, disseram ‘não vamos tolerar isso’. Eles sabiam que naquele momento estavam abrindo mão de qualquer esperança de chegar aos playoffs, mesmo vencendo facilmente um dos melhores times da liga”, afirmou Donavan no final da partida. “Mas eles disseram que não ligavam, porque há coisas mais importantes na vida e devemos nos ater a elas”.

De acordo com a Fox News, a USL, liga de futebol profissional dos EUA, emitiu um comunicado afirmando que já está investigando o caso.

Flemmings publicou uma nota em seu Twitter negando as acusações e disse ainda que seu colegas de elenco podem confirmar sua posição.

Segundo a versão do jogador, Martin recebeu um cartão vermelho no final do primeiro tempo e seus companheiros foram até o juiz reivindicar a decisão. O San Diego Loyal teria então acusado Flemmings de ter feito uma ofensa homofóbica contra Collin “sem nenhuma evidência”. “O juiz admitiu que não ouviu nenhum xingamento homofóbico e estava totalmente confuso com a situação”, relatou o atleta.

“Eu não conheço Collin pessoalmente, mas respeito igualmente todos os meus oponentes, incluindo Collin”, escreveu. “Estou desapontado com as ações do San Diego [Loyal]  nesta noite, já que fui atacado e ridicularizado online sem oportunidade de me defender. Esta é a minha declaração. Eu me solidarizo com o movimento LGBTQ+”, finalizou.

Collin Martin também publicou uma declaração no Twitter, relatando que esta não foi a primeira vez que ouviu o xingamento, mas foi a primeira vez que a ofensa foi direcionada a ele durante uma partida.

“Durante a paralisação do jogo, tentei dizer ao juiz que uma ofensa homofóbica tinha sido direcionada a mim, mas ele ficou confuso e achou que eu estava chamando-o de ‘gay’ – e por isso me deu um cartão vermelho por engano. Após a situação ter sido esclarecida […] Flemmings chegou em mim e disse que sabia da minha ‘situação’ (sou um homem gay assumido) e que ele não me xingou. Para mim é nítido que ele recuou e estava tentando negar o que tinha dito. Por que ele usaria aquela palavra comigo se sabia que eu sou gay?”, escreveu Martin, que se disse comovido pela atitude de seu time.

Em nota, o Phoenix Rising afirmou que defende a postura adotada pela USL e repudia qualquer ato de homofobia. O caso está sob investigação.

Sarah Cunningham , a 'mãe substituta' de casamentos LGBT

A ativista Sarah se oferece para comparecer a casamentos LGBTQ+ e ser a 'mãe substituta' quando as mães ou pais biológicos se recusam a celebrar a união dos filhos
A ativista Sarah se oferece para comparecer a casamentos LGBTQ+ e ser a 'mãe substituta' quando as mães ou pais biológicos se recusam a celebrar a união dos filhos
Créditos: Reprodução/Facebook

int(1)

Time de Landon Donovan abandona jogo após ofensa homofóbica ser ignorada