O atacante Carlos Tevez revelou nesta sexta-feira (2) que após sua atuação na Copa América, em que a Argentina, na condição de anfitriã, foi eliminada pelo Uruguai nas quartas de final, entrou em uma depressão e comeu muito, o que fez com que ele ganhasse cinco ou seis quilos.
O atacante do Manchester City declarou em entrevista ao canal argentino “Fox Sports” que foi difícil se acalmar após perder o pênalti que determinou a eliminação da equipe então comandada por Sergio Batista.
“Foi um dos piores momentos da minha carreira profissional. Doeu muito e para mim ainda é difícil sair dessa situação. Há muita pressão por parte dos torcedores e dos jornalistas, por isso é muito mais difícil jogar na seleção que nos clubes”, afirmou o ex-jogador do Corinthians.
“Após a eliminação, tive uma crise pessoal. Engordei cinco ou seis quilos e tive que me internar. Estava deprimido, comia e comia”, reconheceu Tevez, que falou que há excesso de pressão sobre os jogadores da Argentina.
“Jogar na Seleção hoje te tira prestígio, porque se você não ganha, te matam. Não se pode chegar a esse nível de maus-tratos. Não presto atenção em tudo o que se diz, mas tenho família que escuta alguns xingamentos direcionados a mim. Não sou o mau jogador que dizem que sou”, afirmou o atacante.
Tevez minimizou o fato de não ter sido convocado pelo novo técnico da seleção, Alejandro Sabella, para os amistosos deste mês, incluindo a vitória por 1 a 0 sobre a Venezuela, nesta sexta-feira.
“Não conversei com ele (Sabella), mas tenho uma boa relação por tê-lo conhecido quando ele era o auxiliar de (Daniel) Passarella no Corinthians. Mas o importante é que ele tem que trabalhar tranquilo e que eu também tenho que ficar tranquilo. Se não for convocado, tudo bem, e se for chamado, estarei disponível para jogar”, afirmou.