O tetra 20 anos depois
Neste 17 de junho completam-se 20 anos do tetracampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Após viver um jejum de 24 anos sem o maior título do futebol, o time comandado por Carlos Alberto Parreira jogou um futebol não tão brilhante, mas consistente o bastante para vencer cinco jogos e empatar outros dois, um deles na final contra a Itália, vencida nos pênaltis.
O Virgula Esporte, em homenagem àquele time que trouxe de volta a hegemonia do futebol ao Brasil, relembra os personagens principais daquela conquista:
Taffarel – Após encerrar a carreira em 2003, tornou-se treinador de goleiros do Galatasaray, clube que defendeu entre 1998 e 2001. Chegou a ser observador da Seleção Brasileira, mas em 2011 retornou ao clube turco para novamente ajudar no treinamento dos arqueiros.
Jorginho – Quatro anos após pendurar as chuteiras, virou treinador do clube que o formou para o futebol, o América-RJ. Foi auxiliar técnico da Seleção Brasileira durante todo o período pó-Copa de 2006, quando foi demitido após eliminação nas quartas de final pela Holanda no Mundial seguinte. Dirigiu Figueirense, Kashima Antlers, Flamengo e a Ponte Preta no vice da Copa Sul-Americana do ano passado, e hoje está no Al Wasl, dos Emirados Árabes.
Aldair – Hoje, com 48 anos, o zagueirão encerrou a carreira somente há quatro temporadas, jogando em um clube de San Marino, o Murata. Ainda mostra talento com a bola no pé e nas cabeçadas, pois, mesmo aposentado, frequentemente joga futevôlei nas praias do Espírito Santo.
Márcio Santos – Há dez anos longe dos gramados, o ex-zagueiro virou empresário em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Comentou a Copa do Mundo de 2014 no canal pago SporTV.
Branco – O ex-lateral chegou a ser coordenador das categorias de base da CBF e auxiliar técnico do Fluminense, um dos clubes que defendeu em quase 20 anos de carreira. Com treinador, atuou por poucos meses no Figueirense e no Sobradinho-DF, sendo que seu último clube foi o Guarani, em 2013. Foi comentarista da Copa no canal pago Band Sports.
Dunga – Deixou os gramados em 1999 após salvar o Internacional do rebaixamento no Brasileirão daquele ano com um gol no final da partida contra o Palmeiras na última rodada. Aprendendo a virar técnico nos anos seguintes, assumiu a Seleção Brasileira em 2007, ao lado do colega de tetracampeonato Jorginho (citado acima). Após o Mundial, foi treinar o Colorado somente em 2013, onde foi campeão gaúcho, mas os maus resultados do Brasileirão do mesmo ano culminaram na sua saída. Está sem clube, e comentou a Copa para a TV AL Jazeera, do Qatar.
Mauro Silva – Outro jogador de longa atividade, saiu jovem do Bragantino após um título paulista e um vice brasileiro para defender o Deportivo por treze temporadas, até o anos de 2005. Tornou-se empresário do ramo imobiliário e, nesta última Copa, foi colunista do diário esportivo Lance!.
Mazinho – Volante de muita qualidade, defendeu Santa Cruz-PB, Vasco e Palmeiras, ganhando diversos títulos. Após o tetra, foi vendido para o Valencia e também jogou no Celta, encerrando a carreira no Vitória da Bahia, em 2005, tendo jogado pouco. Tentou a carreira de treinador no Aris, da Grécia, mas não teve êxito. É pai de Rafinha, do Barcelona, e Thiago Alcântara, do Bayern de Munique, sendo que este último defende a seleção espanhola, fato defendido por Mazinho, que procurou a CBF quando Thiago fora convocado para as categorias de base da Fúria, mas sua voz não foi levada em consideração.
Zinho – Após marcar seu nome na história de clubes como Palmeiras, Flamengo, Grêmio e Cruzeiro, encerrou a carreira jogando na MLS, no Flórida Strikers, em 2007. Nos Estados Unidos, foi treinador da mesma equipe por três temporadas, mas voltou ao Brasil para treinar o Nova Iguaçu-RJ, em 2011. Foi diretor de futebol do Flamengo no ano seguinte e, desde o ano passado, é gerente de futebol do Santos.
Bebeto – Atuou por muito clubes, mas marcou seu nome no Vasco, Botafogo e no Deportivo La Coruña. É outro que arriscou a carreira de treinador, no América-RJ, mas por pouco tempo. Para a Copa de 2014, aliou-se à CBF e virou membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local. Atualmente, é deputado estadual pelo PDT-RJ.
Romário – Símbolo do tetra, o Baixinho teve longa carreira, e marcou história em todos os 12 clubes que jogou, marcando mais de 1.000 gols em quase 25 anos. Também tentou ser treinador, do Vasco e do América-RJ, mas assumiu o cargo de deputado estadual pelo PSB-RJ e é crítico ferrenho da atual gestão da CBF, dirigindo suas atenções para a corrupção no futebol brasileiro e também para pessoas com necessidades especiais.
Abaixo, assista a todos os gols do Brasil na campanha do tetra: